De acordo com o Ministério Público Federal, a espécie já teria contaminado todo o litoral
Apontada como uma das maiores ameaças aos ecossistemas costeiros do Brasil, a bioinvasão pelo coral-sol, que começou pela Baía da Ilha Grande e já teria se espalhado por todo o litoral fluminense.Segundo investigação preliminar do Ministério Público Federal, o coral-sol, conhecido como coral assassino e que expulsa espécies nativas, entrou acidentalmente no Brasil através de plataformas de petróleo e gás encomendadas pela Petrobras, que passaram pelo Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis. Ainda de acordo com o MPF, a costa de Angra, Paraty, Mangaratiba, Rio, Arraial do Cabo e Búzios já estaria contaminada.
O sinal de alerta no MPF foi dado em 2012 por Monique Cheker, procuradora da República de Angra, durante uma visita à Estação Ecológica de Tamoios. A região da Baía da Ilha Grande é a mais afetada porque a temperatura da água é mais elevada, principalmente nas proximidades das usinas nucleares, o que facilitaria a proliferação da espécie. Foi instaurado um inquérito civil público que levou à identificação de alguns locais da costa de Angra já contaminados: os terminais da Petrobras, da Brasfels e da Vale.
Danos incluem redução do número de peixes em áreas afetadas
O coral-sol, segundo especialistas ouvidos pelo MPF, provoca a perda da biodiversidade e a fragilização dos recursos pesqueiros, além de outros impactos sociais e ambientais.
O biólogo marinho Vinicius Padula, doutorando da Universidade de Munique, na Alemanha, disse que a bioinvasão é grave. Segundo ele, na Ilha Grande, o coral já cobriu boa parte do fundo do mar e ocupou o espaço das espécies nativas: ate a esse problema.
O sinal de alerta no MPF foi dado em 2012 por Monique Cheker, procuradora da República de Angra, durante uma visita à Estação Ecológica de Tamoios. A região da Baía da Ilha Grande é a mais afetada porque a temperatura da água é mais elevada, principalmente nas proximidades das usinas nucleares, o que facilitaria a proliferação da espécie. Foi instaurado um inquérito civil público que levou à identificação de alguns locais da costa de Angra já contaminados: os terminais da Petrobras, da Brasfels e da Vale.
Danos incluem redução do número de peixes em áreas afetadas
O coral-sol, segundo especialistas ouvidos pelo MPF, provoca a perda da biodiversidade e a fragilização dos recursos pesqueiros, além de outros impactos sociais e ambientais.
O biólogo marinho Vinicius Padula, doutorando da Universidade de Munique, na Alemanha, disse que a bioinvasão é grave. Segundo ele, na Ilha Grande, o coral já cobriu boa parte do fundo do mar e ocupou o espaço das espécies nativas: ate a esse problema.
Origem: Ilhas Galápagos
Um dos integrantes do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos, o biólogo Salvatore Siciliano disse que o coral-sol é originário das Ilhas Galápagos. Os primeiros foram identificados há dez anos na Baía da Ilha Grande, mas os corais assassinos, segundo ele, já se dispersaram por boa parte do Sudeste.
— A invasão pode provocar danos às espécies locais, que passam a competir por espaço e alimento. Essa espécie pegou carona nos cascos de navios e plataformas de petróleo, e o aumento do fluxo de navios só facilita essa dispersão.
— A invasão pode provocar danos às espécies locais, que passam a competir por espaço e alimento. Essa espécie pegou carona nos cascos de navios e plataformas de petróleo, e o aumento do fluxo de navios só facilita essa dispersão.
Projeto Coral-Sol na Vila do Abraão, Ilha Grande
O projeto propõe controlar o coral-sol, espécie exótica invasora, agregando valor a sua extração e contribuindo para o desenvolvimento sustentável de comunidades litorâneas. Famílias são capacitadas para recolher e preparar os corais para venda como artesanato,como renda alternativa, e combater a expansão dos corais e substituir o comércio ilegal de corais nativos. O Projeto Coral-Sol é, no Brasil, a primeira iniciativa de controle e erradicação de organismos exóticos marinhos financeiramente auto-sustentável.