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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Feijoa, uma fruta brasileira mais conhecida na Europa e na Oceania do que no Brasil

Ela é nativa do Sul do Brasil, mas é mais conhecida pelos consumidores da Europa, Estados Unidos, Japão e Oceania. Ela até pode ser encontrada em boas frutarias da cidade de São Paulo, entre março e maio. Mas só na versão importada da Colômbia, cuja produção só perde para a da Nova Zelândia (embora em nenhum dos dois países ela cresça naturalmente).
Ela é conhecida como feijoa (Acca sellowiana), embora nada tenha a ver com o feijão. Também atende por goiaba-serrana, goiaba-crioula,
araçá-do-rio-grande, goiaba-abacaxi, goiaba-ananás ou, em inglês, pineapple guava efig guava.
Trata-se de uma fruta oval, de 5 centímetros, casca verde e polpa branca macia, da família das mirtáceas. Aparentada, portanto, com a jabuticaba, a pitanga e a goiaba. Mas não com o abacaxi, apesar dos apelidos (derivados de seu sabor agradável, descrito como uma indefinida mistura de lembranças boas).
Como toda fruta, a feijoa tem suas qualidades de alimento funcional: muita vitamina C; fósforo; magnésio; sódio; cálcio e uma bela dose de potássio, bom para combatercâimbras e dar tonicidade aos músculos. Diferente do resto, porém, ela tem ainda um alto teor de iodo, componente importante dos hormônios secretados pela tireóide, responsáveis pelo equilíbrio do metabolismo em nosso organismo. A carência de iodo leva ao desenvolvimento de uma doença chamada bócio e é por isso que o elemento é acrescentado artificialmente ao sal que consumimos.
As qualidades únicas da feijoa não param por aí. De acordo com pesquisas desenvolvidas sobretudo na Itália, sua polpa é antioxidante (ajuda a “segurar” o envelhecimento) e antimicrobiana (combate bactérias e fungos). Uma pesquisa realizada no Japão vai mais além, atribuindo ao consumo da fruta o poder de modular a imunidade intestinal e reduzir a tolerância oral. Os japoneses testaram a polpa ao natural e uma versão in vitro digerida e, em ambos os casos, os polifenóis presentes na feijoa reduziram a secreção de TGF-beta pelo intestino. TGF-beta é uma proteína comum em todo nosso organismo, mas sua secreção em excesso está associada ao crescimento de células cancerosas.
Traduzindo para o português claro, isso torna a feijoa uma aliada importante na prevenção e no tratamento de certos tipos de câncer doenças auto imunes, ou seja, doenças causadas pelo mau funcionamento do sistema imunológico (quando nossas “armas” de defesa atacam o próprio organismo).
Com tantos benefícios passíveis de se obter com o simples consumo da fruta – ou de doces, sucos e sorvetes feitos com sua polpa – é de se perguntar por que a grande maioria dos brasileiros não conhece a feijoa. Parte da dificuldade está no fato de a espécie não estar bem domesticada e os frutos não resistirem à armazenagem por mais de 2 a 3 semanas, explica o agrônomo e doutor em genética, Onofre Rubens Nodari, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), principal pesquisador da espécie no Brasil.



Feijoa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 Feijoa (=Acca) é um gênero da família Myrtaceae que inclui uma única espécie, a Acca sellowiana (nome antigo: Feijoa sellowiana), conhecida vulgarmente por goiaba-serrana ou goiaba-ananás. É um arbusto vivaz ou árvore de pequena dimensão, atingindo entre 1 e 7 metros de altura, originário das terras altas do sul do Brasil, leste do Paraguai, Uruguai e norte da Argentina.

Descrição

O fruto amadurece no outono e é de coloração verde, com o tamanho de um ovo de galinha e de forma elipsoide. Tem um sabor agradável, aromático e doce. A polpa é sumarenta, dividindo-se numa parte mais gelatinosa, onde estão as sementes, e uma parte mais firme e levemente granulada junto à casca. O fruto cai da árvore quando maduro, mas pode ser colhido antes, de modo a não ficar danificado. A polpa granulada junto à casca pode ser utilizada como esfoliante.

O botânico alemão Otto Karl Berg nomeou o gênero em honra do naturalista luso-brasileiro João da Silva Feijó (1760-1824). Durante o período em que viveu no Ceará, Feijó foi encarregado pela coroa portuguesa de mandar exemplares da flora nordestina para o Real Jardim Botânico da Prússia, o que, mais tarde, ocasionaria a homenagem.

A feijoa é uma planta de ambientes quentes-temperados a subtropicais, desenvolvendo-se também nos trópicos, requerendo, contudo, alguns dias de baixas temperaturas (chilling requirement) para poder frutificar. No hemisfério norte, tem sido cultivada até a Escócia, mas nem sempre frutifica porque temperaturas abaixo dos -9°C destroem os botões florais. É uma planta bastante popular na Nova Zelândia, onde é cultivada nos jardins.

Algumas cultivares enxertadas procedem à autopolinização, mas a maioria necessita de um agente polinizador.

Domesticação da espécie no Brasil
O processo de domesticação da goiabeira serrana no Brasil iniciou-se em 1986 por iniciativa do pesquisador Jean-Pierre Ducroquet, da Empasc (hoje Epagri - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina). Ducroquet conta que seu interesse pela goiabeira serrana começou depois que o professor R. H. Sharpe, da University of Florida, visitou o Brasil e comentou que a goiabeira serrana, nativa do Brasil, estava sendo cultivada em várias partes do mundo inclusive nos Estados Unidos.

Depois de averiguar sobre a fruta nativa, Ducroquet decidiu iniciar uma coleção com os melhores exemplares nativos da região e com alguns acessos melhorados de outros países. Naquela época, através de um concurso regional, adquiriu 10 amostras de frutos das 150 melhores goiabeiras serranas da região. A grande diversidade de acessos foi a base para o trabalho de melhoramento genético que se iniciou no município de Videira (SC) e foi depois transferido para o município de São Joaquim, no planalto serrano catarinense, onde as condições climáticas são mais favoráveis ao desenvolvimento da espécie.
Depois de alguns anos de observação de cada acesso, se fizeram cruzamentos dirigidos de quatro exemplares nativos com dois exemplares melhorados na Nova Zelândia, a cultivar Apollo e a cultivar Unique, todos cruzando entre si seguindo um delineamento dialélico num total de 960 plantas. Só em 2007 foram lançadas duas cultivares comerciais brasileiras, adaptadas às condições climáticas do planalto serrano catarinense, então chamadas Alcântara e a Helena. Em 2008, outras duas cultivares foram lançadas, a Mattos e a Nonante/

Conheça as dez frutas nativas brasileiras que você precisa provar

Por Mayra Rosa.
Você sabia que das 20 frutas mais comercializadas no Brasil, apenas três são nativas de nosso país?

É contraditório pensar que um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo consuma tão poucas frutas nativas. O impacto disso é a ameaça de extinção de diversas espécies, que aos poucos, estão sendo esquecidas da memória e desaparecendo do mapa.

Para o botânico Ricardo Cardim, é preciso mudar a concepção cultural e agronômica: “Podemos começar a divulgar e cultivar nas cidades os frutos nativos, de forma a resgatarmos sabores esquecidos e ajudarmos no reequilíbrio ecológico urbano. Plantar árvores frutíferas nativas da região é um método eficaz de atrair a biodiversidade e tornar as cidades mais acolhedoras”, diz o botânico em seu blog, Árvores de São Paulo.

Abaixo Cardim lista dez frutas nativas dos biomas ameaçados Cerrado e Mata Atlântica que poderiam entrar para o cardápio (e jardins) dos brasileiros.

1. Gabiroba (Campomanesia pubescens)


Também conhecida como guabiroba, guavira ou araçá-congonha, é um arbusto com fruto arredondado, de coloração verde-amarelada, com polpa esverdeada, suculenta, envolvendo diversas sementes e muito parecido com uma goiabinha. Ela pode ser consumida ao natural ou na forma de sucos, doces e sorvetes e ainda serve para fazer um apreciado licor. A gabiroba pode ser encontrada nos cerrados das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. No sul do Brasil, na região norte e oeste do Paraná além da variedade de cerrado, dissemina-se também a variedade arbórea que alcança vários metros de altura, produzindo frutos com sabor e aparência da variedade de campo, porém quando maduros apresentam a cor amarela.

2. Tarumã-do-cerrado (Vitex polygama)


Também conhecida como tarumã-bori, tarumã-de-fruta-azul, maria-preta, marianeira, velame-do-campo ou mameira, a árvore, proveniente do bioma do Cerrado, possui de seis a 20 metros de altura. Seus frutos, adocicados e com sabor agradável, assemelham-se a uma azeitona-preta e fazem a alegria de pássaros como periquitos e papagaios. Podem ser utilizados para fazer bebidas como vinho, licor e sucos, ou doces, como geleias ou caldas. Esta espécie é muito eficiente se usada na recomposição de áreas degradadas e pode ser utilizada no paisagismo de praças e jardins públicos.

3. Perinha-do-cerrado (Eugenia klotzschiana)


Também conhecida como pêra do campo, perinha do campo, cabacinha ou cabamixá-açú, o arbusto é nativo dos campos e Cerrados de praticamente todo o Brasil. Os frutos podem ser utilizados em sucos batidos com leite ou para fazer sorvetes, bolos e geleias. A planta, dificilmente encontrada nos dias de hoje, não pode faltar em projetos de recuperação dos Cerrados.

4. Grumixama (Eugenia brasiliensis)


Também conhecida como cumbixaba, ibaporoiti ou cereja-brasileira, a árvore de até 15 metros de altura é nativa da Mata Atlântica e era encontrada desde a Bahia até Santa Catarina. Seus frutos, que atraem muitos pássaros, possuem até duas sementes, e seu sabor assemelha-se bastante com o da cereja.

5. Uvaia (Eugenia uvalha)


A árvore, também conhecida por uvalha ou uvaieira, tem de seis a 13 metros de altura. A espécie, proveniente da Mata Atlântica, ocorre nos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A uvaia tem aroma suave e agradável e possui alto teor de vitamina C (até quatro vezes mais do que a laranja). É muito utilizada para fazer sucos e largamente cultivada em pomares domésticos. Sua casca, na cor amarelo-ouro, é ligeiramente aveludada e sua polpa muito delicada. Um dos grandes problemas desta fruta é que ela amassa, oxida e resseca com facilidade, por isso, não é muito encontrada em supermercados.

6. Jerivá (Syagrus romanzoffiana)


Também chamado baba-de-boi, coqueiro-jerivá, coquinho-de-cachorro e jeribá, a árvore é uma palmeira nativa da Mata Atlântica. Sua fruta, conhecida como “coquinho”, é amarela, ovalada e não passa de três centímetros de comprimento. O “coquinho” é muito apreciado por animais, como papagaios, maritacas ou mesmo por cachorros. A fruta também pode ser consumido pelos humanos batendo-se com pedras para alcançar as suas amêndoas, o que era feito frequentemente por crianças no passado.

7. Sete-capotes (Campomanesia guazumifolia)


Também conhecido por guabiroba verde, sete-cascas, sete-capas, sete-casacas, capoteira, araçá-do-mato ou araçazeiro-grande, o sete-capotes é uma importante árvore frutífera silvestre, com frutos doces e comestíveis, apreciados pelo homem e pela fauna. Seu fruto, que quando maduro possui coloração verde-clara, pode ser consumido naturalmente ou aproveitados em doces e na elaboração de sucos e sorvetes (neste caso deve-se separar a polpa da semente). A árvore, que mede até seis metros de altura, é muito bonita, especialmente pela exuberância de suas flores e folhas.

8. Cambuci (Campomanesia phaea)


O cambucizeiro, árvore da Mata Atlântica originalmente encontrada na Serra do Mar, chegou a estar em perigo de extinção pelo uso excessivo de sua madeira e pelo alto crescimento urbano da região. O cambuci era muito abundante na cidade de São Paulo, chegando a dar nome a um de seus bairros tradicionais. Após um forte movimento para trazer o cambuci de volta para a região (veja aqui), a espécie está sendo preservada.

O nome cambuci é de origem indígena e deve-se ao formato de seus frutos, semelhantes a potes de cerâmica, que recebem o mesmo nome. Ricas em vitaminas, suas frutas têm um perfume intenso e adocicado, mas seu sabor é ácido como o do limão. Por essa razão, poucos apreciam consumi-la in natura. A fruta pode ser utilizada na produção de geleias, sorvetes, sucos, licores, mousse, sorvete, bolo, além do tradicional suco.

9. Cagaita (Eugenia dysenterica)


A cagaiteira é uma bela árvore, proveniente do Cerrado, que pode chegar a ter oito metros de altura. Seu fruto é pequeno com casca amarelo esverdeada, polpa suculenta e ácida e apresenta até quatro sementes no seu interior. Apesar de seu agradável sabor ácido e textura macia, a cagaita não deve ser consumida em grandes quantidades, pois tem um forte efeito laxativo. Além das atribuições medicinais e de produzir um suco muito saboroso, o fruto, rico em vitamina C e antioxidantes, é utilizado na fabricação de sorvetes. A polpa, com ou sem a casca, é energética, com baixo teor calórico.

10. Melancia-do-cerrado (Melancium campestre)


Também conhecida como melancia do campo, melancia-de-tatu, cabacinha do campo, cabacuí oucaboi-curai, esta espécie rasteira que já foi muito comum no Cerrado, hoje já é considerada rara. Seu fruto se assemelha muito com o da melancia por fora, porém ela possui uma penugem em sua casca. Os frutos possuem casca grossa, com aproximadamente 90 sementes envoltas numa polpa gelatinosa amarelada (veja aqui). Embora seja ácida, a fruta pode ser consumida in natura, ou utilizada em forma de geleias e sucos. A planta não pode faltar em projetos de reflorestamento de ambientes campestres dos Cerrados pois seus frutos são muito apreciados pelos animais.

Que tal plantar um pé de uma árvore frutífera dessas em seu quintal? No site Colecionando Frutas você consegue encontrar estas e outras espécies nativas difíceis de serem encontradas.