Felipe de Souza
Continua gerando polêmica em Angra dos Reis, o decreto que proíbe banhistas e visitantes de fazerem churrasco em todas as praias do município, inclusive na Ilha Grande. A medida tem como objetivo principal garantir o ordenamento das áreas turísticas do município, e preservar áreas ambientais.
- Acredito que ações como esta tem um intuito bom, na teoria parece ser muito boa. Mas há muitos moradores, como eu, que discordam. Deveria haver ações de conscientização e não a proibição da realização de churrascos ou qualquer ato parecido. Tanto os moradores, quanto os turistas precisam ter a consciência de cuidar do local que visitam, e não serem proibidos de fazer algo - disse a moradora Nathália dos Santos.
A polêmica começou neste mês de janeiro, quando a prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha (PT) anunciou que iria manter o decreto do ex-prefeito Tuca Jordão (PMDB), estabelecendo a proibição. Ela ainda aumentou a fiscalização quanto ao decreto. Hoje, os infratores poderão ser enquadrados por crime ambiental, uma vez que todas as ilhas da cidade estão situadas em áreas de preservação ambiental.
Conceição explicou que o decreto vai possibilitar uma conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente.
- Ninguém é proibido de levar lanche para as praias do município. As pessoas podem tomar banho e comer um sanduíche, por exemplo. O churrasco além de deixar os banhistas vulneráveis em relação à alimentação, traz muita sujeira para as areias das praias - explicou a prefeita.
Ela completou que a equipe da secretaria de Meio Ambiente está avaliando o decreto e vai regulamentá-lo de acordo com o ritmo de trabalho de sua gestão.
- Após a regulamentação do decreto, vamos estabelecer os procedimentos e trabalhar ainda neste verão. As áreas são de preservação natural permanente e precisam de uma atenção especial. O lazer é permitido e é direito das pessoas, mas não podemos permitir que o patrimônio seja prejudicado - disse Conceição.
O decreto, que começou a ser posto em prática no réveillon, será ampliado com a ação de mobilizadores ambientais que vão atuar nas praias.
- É um transtorno muito grande quando os banhistas vão embora. A herança que fica para o município é a de acúmulo de lixo. As pessoas não recolhem o lixo que produzem - afirmou.
‘De olho'
A operação de fiscalização do decreto vem mobilizando agentes da Secretaria do Meio Ambiente, da Fundação de Turismo (TurisAngra), da Capitania dos Portos e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os fiscais usam a estratégia de chegar às praias antes dos banhistas para impedir que eles armem churrasqueiras.
- Vamos unir forças e trabalhar pela preservação da área natural do município. Os trabalhos vão ser intensificados - destacou Conceição Rabha.
Nos primeiros dias da fiscalização para reprimir a montagem de churrasqueiras nas praias das ilhas de Angra dos Reis, os agentes não encontraram banhistas fazendo churrasco, mas ouviram muitas reclamações sobre o lixo no mar e na areia. O presidente da Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra), Kaká Gibrail, acredita que a divulgação do decreto que proíbe o churrasco e a ação dos fiscais, desestimulam os infratores.
- O uso de churrasqueiras é uma agressão em ambientes de mata nativa. Um bom exemplo é a Ilha de Cataguás, que há dez anos tinha uma grande cobertura vegetal, com muitas pitangueiras, e hoje está degradada nos locais onde eram feitos churrascos sob as árvores - lembrou Gibrail.
O presidente da Turisangra disse também que há uma grande preocupação com o excesso de turistas nas praias, principalmente em Cataguases e na Gipóia.
- Os donos das embarcações deixam cem turistas na ilha e voltam ao continente para buscar mais cem. Isso não pode acontecer porque há um limite de capacidade em cada praia. As lanchas e escunas têm que ficar no máximo duas horas nas praias e ir embora com as mesmas pessoas que levou. A fiscalização será permanente - afirmou o presidente.
FONTE:Diário do Vale
Continua gerando polêmica em Angra dos Reis, o decreto que proíbe banhistas e visitantes de fazerem churrasco em todas as praias do município, inclusive na Ilha Grande. A medida tem como objetivo principal garantir o ordenamento das áreas turísticas do município, e preservar áreas ambientais.
- Acredito que ações como esta tem um intuito bom, na teoria parece ser muito boa. Mas há muitos moradores, como eu, que discordam. Deveria haver ações de conscientização e não a proibição da realização de churrascos ou qualquer ato parecido. Tanto os moradores, quanto os turistas precisam ter a consciência de cuidar do local que visitam, e não serem proibidos de fazer algo - disse a moradora Nathália dos Santos.
A polêmica começou neste mês de janeiro, quando a prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha (PT) anunciou que iria manter o decreto do ex-prefeito Tuca Jordão (PMDB), estabelecendo a proibição. Ela ainda aumentou a fiscalização quanto ao decreto. Hoje, os infratores poderão ser enquadrados por crime ambiental, uma vez que todas as ilhas da cidade estão situadas em áreas de preservação ambiental.
Conceição explicou que o decreto vai possibilitar uma conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente.
- Ninguém é proibido de levar lanche para as praias do município. As pessoas podem tomar banho e comer um sanduíche, por exemplo. O churrasco além de deixar os banhistas vulneráveis em relação à alimentação, traz muita sujeira para as areias das praias - explicou a prefeita.
Ela completou que a equipe da secretaria de Meio Ambiente está avaliando o decreto e vai regulamentá-lo de acordo com o ritmo de trabalho de sua gestão.
- Após a regulamentação do decreto, vamos estabelecer os procedimentos e trabalhar ainda neste verão. As áreas são de preservação natural permanente e precisam de uma atenção especial. O lazer é permitido e é direito das pessoas, mas não podemos permitir que o patrimônio seja prejudicado - disse Conceição.
O decreto, que começou a ser posto em prática no réveillon, será ampliado com a ação de mobilizadores ambientais que vão atuar nas praias.
- É um transtorno muito grande quando os banhistas vão embora. A herança que fica para o município é a de acúmulo de lixo. As pessoas não recolhem o lixo que produzem - afirmou.
‘De olho'
A operação de fiscalização do decreto vem mobilizando agentes da Secretaria do Meio Ambiente, da Fundação de Turismo (TurisAngra), da Capitania dos Portos e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os fiscais usam a estratégia de chegar às praias antes dos banhistas para impedir que eles armem churrasqueiras.
- Vamos unir forças e trabalhar pela preservação da área natural do município. Os trabalhos vão ser intensificados - destacou Conceição Rabha.
Nos primeiros dias da fiscalização para reprimir a montagem de churrasqueiras nas praias das ilhas de Angra dos Reis, os agentes não encontraram banhistas fazendo churrasco, mas ouviram muitas reclamações sobre o lixo no mar e na areia. O presidente da Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra), Kaká Gibrail, acredita que a divulgação do decreto que proíbe o churrasco e a ação dos fiscais, desestimulam os infratores.
- O uso de churrasqueiras é uma agressão em ambientes de mata nativa. Um bom exemplo é a Ilha de Cataguás, que há dez anos tinha uma grande cobertura vegetal, com muitas pitangueiras, e hoje está degradada nos locais onde eram feitos churrascos sob as árvores - lembrou Gibrail.
O presidente da Turisangra disse também que há uma grande preocupação com o excesso de turistas nas praias, principalmente em Cataguases e na Gipóia.
- Os donos das embarcações deixam cem turistas na ilha e voltam ao continente para buscar mais cem. Isso não pode acontecer porque há um limite de capacidade em cada praia. As lanchas e escunas têm que ficar no máximo duas horas nas praias e ir embora com as mesmas pessoas que levou. A fiscalização será permanente - afirmou o presidente.
FONTE:Diário do Vale