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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Um caçador é preso em operação de combate a crimes ambientais em Angra, RJ, armas, munições e animais abatidos também foram apreendidos

Aconteceu nesta terça-feira (30) uma operação de combate à caça e extração ilegal de palmito em Angra dos Reis. De acordo com um comunicado da Secretaria de Estado do Ambiente,  Até o momento, na blitz ambiental, policiais detectaram e destruíram quatro ranchos construídos ilegalmente por caçadores em área protegida de Mata Atlântica, apreenderam três espingardas, dois trabucos, apitos de caça, dezenas de cápsulas de munição, e prenderam um caçador no distrito de Cunhambebe, com um esquilo e dez pássaros das espécies dorminhoco e araçari abatidos.

Disfarçados de caçadores que tinham a intenção de pernoitar na região, os fiscais e policiais avançaram pela mata na manhã desta terça-feira detendo em flagrante um caçador em posse de um esquilo e outros pássaros mortos a tiros. Os caçadores presos responderão por porte ilegal de arma de fogo e material de caça em área de mata protegida. Detidos estão sujeitos à pena que pode chegar a quatro anos de reclusão e multas individuais de até R$ 10 mil.

A operação conjunta envolve agentes da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), Policiais do Serviço Reservado da Polícia Militar Ambiental e agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Três espingardas foram apreendidas (Foto: Divulgação/SEA-RJ)
(Foto:Divulgação/SEA-RJ)

Vice presidente do Sinspmar é expulso da porta da prefeitura e ainda tentaram impedi-lo de adentrar a Câmara de vereadores

O vice presidente do (SINSPMAR ) Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Angra dos Reis, Flaviano Eugênio, foi expulso com truculência da porta da prefeitura onde ele estava fazendo uma manifestação com um cartaz cobrando do governo uma explicação pelo atraso no pagamento dos servidores, e segundo o vereador Chapinha do Sindicato, assim que o vice presidente começou adentrar no Plenário da Câmara para explicar o ocorrido um secretario do governo municipal tentou impedi-lo.

 (Foto Regina Celia Miranda)

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

História do Pico do Frade

Vista para a Baia da Ilha Grande.

A Pedra do Frade é um rochedo escarpado que fica na Serra da Bocaina, ali pelos lados de quem vai de Cunha a Bananal. Fica na divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Hoje ele é muito procurado para trilhas e caminhadas. É um dos pontos mais altos encontrados na Serra do Mar, com 1.574 metros de altitude. Do alto desse pico se pode contemplar a baia de Angra dos Reis em toda sua imponente beleza natural.
Até os anos cinquenta ninguém se atrevia a escalar aquele pico, salvo os caboclos mais ousados que lá se aventuravam em busca do tesouro que diziam existir lá. Lendas á parte, quem já foi lá afirma que o local é realmente encantado. Afora a vista que se tem do litoral, que é estupenda, há no lugar um clima de encantamento e magia que contagia até o mais empedernido dos céticos.
Na base do rochedo a chuva cavou na pedra uma pequena piscina natural, onde a água é tão cristalina que se pode ver o fundo. Antigamente os caboclos diziam que pela manhã, quando os primeiros raios do sol projetavam seus raios sobre o espelho d'água, uns patinhos dourados apareciam lá para nadar na pequena lagoa. Logo desapareciam quando a sombra do rochedo cobria toda a superfície da lagoa. Mas não era todo mundo que conseguia vê-los. Só as crianças e os puros de coração. Eram encantados.
Segundo se acreditava então, a presença daqueles patinhos de ouro eram a prova de que existia um tesouro enterrado na Pedra de Frade. Nos anos quarenta até se tentou garimpar lá. Sinais de mineração ainda são visíveis em alguns locais da montanha, mas já há muito tempo o IBAMA interditou a área para qualquer tipo de exploração e ninguém mais entra no parque, salvo para praticar turismo ecológico.
Chama-se Pedra do Frade, porque segundo os caboclos daquelas serras, lá costumava aparecer, todo dia, por volta das Aves Marias, um frade. Capuchinho dizem uns, franciscano dizem outros. Havia também quem dissesse que era jesuíta. Como conseguiam identificá-lo com uma dessas Irmandades ninguém até hoje soube explicar. O fato é que o tal frade só podia ser visto de longe, quando o sol estava no seu crepúsculo. Então ele surgia, em pé, brilhante como uma estátua de ouro, sobre a grande penha que se posta no alto da montanha. Mas só aparecia nessa hora, diziam os caboclos. E era no exato momento em que a rádio Aparecida, aliás a única emissora que ainda pega naquelas montanhas, começava a transmitir a Ave Maria. Era como se ele, o frade, saísse da sua solitária cela na montanha para acompanhar a reza.
A história desse frade é controversa. Dizem que em meados do século XVIII, as autoridades portuguesas proibiram a fundação e a existência de mosteiros em todos os chamados territórios das Minas Gerais, pois segundo elas, esses mosteiros facilitavam o contrabando do ouro extraido. Por outro lado, o ouro extraído na região mineira costumava ser levado para Paraty e dali embarcado para a metrópole. Era transportado, portanto, pela velha Estrada Real, que vem das cidades mineiras e passa por Bananal, Cunha e outras antigas cidades da região. Ladrões e contrabandistas infestavam aquela estrada para roubar o ouro ou simplesmente desviá-lo dos cofres reais.
Segundo algumas lendas, esse frade era cúmplice dos contrabandistas e costumava guardar, em seu mosteiro, o ouro roubado, ou sonegado ao fisco colonial. Diziam também – nunca faltam os idealistas românticos – que esse tesouro escondido seria utilizado para financiar uma futura revolução libertadora.
O fato é que o tal frade teria escondido o ouro tão bem que nunca ninguém o achou. E os contrabandistas, furiosos com o “chapéu” que levaram do religioso, mataram e enterraram o corpo dele em local incerto e não sabido, que como o tal tesouro, nunca mais foi encontrado. Assim, tanto o ouro escondido quanto o corpo do frade estariam enterrados em algum lugar na chamada Pedra do Frade. O ouro teria se transformardo nos patinhos que podiam ser vistos nadando na piscina na base do rochedo, ao nascer do sol, e o corpo do padre surgia todo todo dia em cima da pedra, como a guardar o tesouro pelo qual fora sacrificado. Por isso, diziam os caboclos, todo os valentes que ousavam se aventurar por aquelas bandas, á procura do tal tesouro, jamais voltavam. E seus corpos também nunca eram encontrados.
Se estivéssemos na Europa, alguém poderia dizer que esse se trata também de um conto alquímico. É, por exemplo, o que Rogers disse ao colecionar uma série de contos fantásticos, como o Gato de Botas, o Pequeno Polegar, Alice no País das Maravilhas, Gargantua e Pantagruel, Chapeuzinho Vermelho, Os Contos das Mil e Uma Noites, etc. Eram todos, na visão dele, metáforas do processo utilizado pelos alquimista na procura da pedra filosofal. ¹ Mas não existiam alquimistas no Brasil colonial. Pelo menos, nunca se fez recenseamento de nenhum adepto da Arte de Hermes praticando o seu ofício no Brasil até hoje. Portanto, a lenda do Frade de Pedra há que ter uma outra origem.
O funcionário do IBAMA, sob cuja jurisdição está o território onde se localiza a Pedra do Frade diz que tudo é superstição dos sertanejos que vivem na serra. “Na verdade”, diz ele “o que os caboclos chamam de frade é uma pedra que tem a vaga aparência de um homem vestido com uma túnica. Deste lado da serra, principalmente no crepúsculo, os raios do sol batem em cheio sobre ela e a umidade faz com que ela adquira uns tons de dourado.”
Mas ele nunca foi lá para ver se é isso mesmo. Minha mãe, que me contou essa história, disse que uma vez seu pai, meu falecido avô, tinha ido lá e visto, tanto o frade quanto os patinhos de ouro. E que o frade, numa língua esquisita (devia ser latim), mas que ele entendeu bem porque o frade falava com o pensamento e não com a língua, o advertiu para sumir dali antes do crepúsculo. Pelo arrepio que ele sentiu na espinha e cabelo que arrepiou todo, como se fosse arame farpado, ele logo soube que aquilo não era gente. Era, sem dúvida, alma penada.
Sumir correndo dali foi o que ele fez e nunca mais voltou lá.
Bom, o meu avô e a minha mãe eu conheci e sei que eles não mentiam. Se diziam que viram, então viram. O funcionário do IBAMA eu não conheço e não sei o quanto se pode confiar nele. O que eu posso dizer é quando vou à Angra e olho para o tal rochedo eu também enxergo um frade lá em cima, olhando, impassível, a vastidão que se estende à sua frente, lamentando quiçá, que ela já esteja tão cheias de tonsuras, como a que ele tem na sua cabeça.
Quanto ao tesouro eu já o encontrei há muito tempo quando descobri que Deus existe e que o mundo que Ele está construindo é muito mais do que eu consigo representar em minha pobre imaginação.

Bernard Rogers- Descobrindo a Alquimia- Circulo do Livro, 1986 
HISTÓRIAS DE ASSOMBRAÇÃO II- A PEDRA DO FRADE

VEJA VÍDEO DA AVENTURA DE UM GRUPO DE TRILHEIROS DO FRADE 

domingo, 28 de setembro de 2014

FRADE ONLINE ultrapassa a marca de um milhão de acessos

Criado em março de 2011 o Blog continua batendo todos os recordes de acessos, ao tempo em que se mantem entre os mais acessados e comentados do sul do estado. Agora são mais de um milhão de visualizações, sendo que mais de meio milhão foram atingidos no ultimo ano.
O site é visto em todo o território nacional, por pessoas de todos os estados e que tem alguma relação com a cidade de Angra dos Reis. Visitado diariamente por mais de mil vezes, esta página é hoje um dos principais canais de informações da nossa cidade na internet.
A quantidade de acesso do blog é surpreendente e chega a bater centenas de blogs e sites de municípios bem maiores que Angra dos Reis, atualmente tem atingido de 30 a 40 mil acessos de média mensal, com alternados recordes de 5 mil acessos por dia.