Divulgação Decidido: Paraty continuará com nove vereadores em 2013; aumento de representantes chegou a ser cogitado
Paraty
A cidade de Paraty é uma das poucas que, até agora, se definiu por manter o mesmo número da parlamentares para atuar na próxima legislatura. Na cidade existem nove vereadores, e este será o número de eleitos em 2012. A decisão saiu recentemente, e o município está na contramão de cidades como Volta Redonda, Barra Mansa, Barra do Piraí, Resende e Angra dos Reis, que optaram por aumentar o número de vereadores de suas casas legislativas.
De acordo com o vereador Fuad José Minair, o Deco Minair (PMDB), houve uma pressão muito grande dos partidos para que os parlamentares votassem pelo número máximo de representantes permitido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TES), mas a decisão de manter em nove o número de cadeiras foi quase unânime.
- Apenas um vereador foi contrário [à proposta]. Todos os demais quiseram e entenderam que, com um orçamento apertado em uma cidade pequena, seria praticamente impossível manter mais parlamentares com seus custos de gabinetes e funcionários - disse.
Deco contou que até mesmo ele sofreu pressão de seu partido, já que é o presidente do PMDB na cidade.
- Todos as legendas queriam que votássemos para o que número de cadeiras chegasse a 13, máximo que poderíamos adotar; inclusive o meu. Os vereadores também queriam isso, afinal, são maiores as chances de eleição, inclusive para os que já têm mandato. Mas entendemos que o orçamento de R$ 3 milhões que nos é passado pelo Executivo não poderia ser comprometido em mais pagamentos e custos. Nesta discussão ganhou o bom senso - afirmou.
O parlamentar disse ainda que também houve pressão da população que, embora não se movimentasse por meio de passeatas, levava suas reivindicações aos parlamentares.
- A população não queria que houvesse aumento. O número que atual já é suficiente para representá-la. Se optássemos pelo aumento de cadeiras haveria resistência da população - disse.
Já o vereador Anderson Maia dos Santos, o Santos Coquinho (PT do B) - que compõe a Mesa Diretora da Casa como segundo vice-presidente -, chamou a atenção para o fato de que a população não via necessidade de aumentar o número de vereadores, já que "a cidade estaria representada em suficiente".
- Pressão houve de tudo que é lado, dos partidos e pré-candidatos ao prefeito querendo o aumento máximo até a população, que queria o mínimo. Optamos por ouvir a população, que é na verdade quem deve ser representada - disse ele, lembrando que também é presidente de sua legenda no município.
Casa já teve 11 parlamentares, mas
pressão era para que chegasse a 13
O vice-prefeito Valdecir Ramiro é o presidente do PP em Paraty, e afirmou que realmente houve uma pressão para os parlamentares aumentarem o total de representantes.
- Já tivemos 11 cadeiras [na Câmara] e houve uma pressão grande por parte das legendas para que houvesse pelo menos 11 vereadores na próxima legislatura. Como o PP não tem representação na Casa, foi difícil articular com os vereadores um aumento, pois não haveria aumento do repasse vindo do Executivo. No geral todos queriam o aumento máximo, mas os parlamentares decidiram por manter o número atual - disse ele.
Deco Minair confirmou que se chegou a pensar em voltar ao total de 11 vereadores, mas o fato de o orçamento aumentar muito pouco para 2013 pesou na decisão de se manter a a estrutura atual.
- Já tivemos 11 vereadores, inclusive quando eu era o presidente da Casa entre 1997 e 1998. A estrutura não teria de ser modificada, já que os gabinetes e a assembleia comportariam o aumento - explicou. - No entanto, se chegássemos a 13 [parlamentares], teria de haver uma alteração na estrutura física, com destino de novas salas e aumento de cadeiras na tribuna. Além deste aumento, o repasse teria de ser redistribuídos com mais pessoas e funcionários. Por isso houve a negativa.
O presidente da Casa, vereador Deilimar Barros da Silva (PSDB), foi procurado, mas sua assessoria disse que ele estava com o pai hospitalizado e não poderia dar entrevistas.