27/07/2011 - Por SGD.SC
Caminhão da SOS Mata Atlântica em Angra
Projeto fica até domingo. Diretora da ONG chama a atenção da população para as ocupações irregulares
Mais uma vez Angra dos Reis está recebendo o caminhão do projeto itinerante "A Mata Atlântica é Aqui", da Fundação SOS Mata Atlântica. A Prefeitura de Angra, que incentiva iniciativas de preservação do meio ambiente e educação ambiental, está apoiando o projeto. O caminhão chegou nesta quarta-feira, dia 27, no Cais de Santa Luzia, onde fica até o domingo, dia 31, aberto todos os dias das 10h às 16h. O objetivo é mostrar a importância do bioma mata atlântica e promover atividades gratuitas de educação ambiental, como jogos, plantios, mutirões, palestras, exibição de filmes e oficinas. A maior parte das atividades é voltada para crianças e jovens, mas o trabalho de conscientização interessa a todas as idades.
Durante a visita, também será feita a análise da qualidade da água de uma fonte do bairro Marinas. A coleta da água foi feita na quarta-feira e o resultado da análise sai na segunda-feira, dia 1º de agosto. A análise faz parte de outro projeto da SOS Mata Atlântica, chamado “Rede das Águas”, e vai avaliar a qualidade da água para o consumo.
O biólogo e educador ambiental da ONG, Anderson Palmeira, lembra que Angra tem um papel de destaque na preservação da Mata Atlântica, já que é um dos principais celeiros do bioma. Com 81% de seu território coberto por vegetação de Mata Atlântica nativa, o município é o segundo maior do estado em área coberta pelo bioma, ficando atrás apenas de Paraty.
A SOS Mata Atlântica surgiu em 1986 e está comemorando 25 anos de existência. O projeto "A Mata Atlântica é Aqui" começou em 2009 e já em seu primeiro ano visitou Angra dos Reis. Uma das propostas desse retorno do projeto é avaliar o que mudou no que diz respeito à preservação ambiental no município de lá para cá.
– O balanço final nós só fazemos depois que passamos por vários municípios, ao término da temporada. Mas posso adiantar que, de 2008 a 2010, não houve desmatamento maior que três hectares, que é o que o nosso monitoramento detecta – afirmou Palmeira.
Se os dados não parecem tão ruins para Angra, no estado do Rio a situação é diferente. De acordo com o último levantamento do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado dia 26 de maio pela SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o estado do Rio de Janeiro desmatou, no período de 2008 a 2010, 247 hectares de Mata Atlântica original.
– Angra dos Reis é a segunda cidade com mais remanescentes florestais originais no Rio de Janeiro. Ainda assim, a população precisa ficar atenta a não permitir o desmatamento e especialmente evitar ocupação em áreas de risco ou inadequadas para moradias - observa Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento da ONG e coordenadora do estudo.
O caminhão do projeto já visitou 80 municípios em 17 estados, sensibilizando mais de 300 mil pessoas sobre a importância da Mata Atlântica na garantia de ar puro, água limpa, clima ameno e qualidade de vida para mais de 112 milhões de pessoas.
A Secretaria de Meio Ambiente foi a responsável pelo intermédio da Prefeitura de Angra com a ONG, como explica a gerente do Fundo Municipal de Meio Ambiente, Ana Cláudia dos Anjos, que também fez elogios ao projeto.
– O projeto é muito bom e traz atividades educativas e informação sobre o uso da água, contenção de encostas e utilização da energia. Procuramos dar todo o apoio na logística e estrutura do evento. A prefeitura mais uma vez abraçou a causa e viabilizou pontos de energia, espaço físico, vigilantes, operadores de trânsito etc. – disse Ana Cláudia.
Nesta edição, uma atração que chama a atenção é a Maquete Dinâmica, que ficará exposta durante todo o horário de funcionamento e mostra as diferenças entre dois territórios: um protegido pela Mata Atlântica e outro com uma área desmatada. Simulando uma chuva em cima da maquete, os educadores ambientais mostram também a importância das matas ciliares, a maneira como os lençóis freáticos são formados, como podem ser causados os deslizamentos de terra e as inundações, além de salientar como os rios assoreados interferem no cotidiano das cidades.
Mais informações sobre o projeto e sobre a Fundação SOS Mata Atlântica podem ser encontradas no site da ONG (
www.sosma.org.br). Parte das atividades da programação será realizada pelos mobilizadores socioambientais da Prefeitura de Angra. Confira:
28 de julho (quinta)Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 10h às 16h
10h às 16h – Atividades sobre a Mata Atlântica na Ilha Grande, em parceria com o CODIG.
11h – Teatro de fantoches, com o tema “Cinturão Verde”, em parceria com o grupo Mobilizadores Socioambientais de Uso e Ocupação do Solo.
14h – Teatro de fantoches, com o tema “Biodiversidade”, em parceria com o Grupo Mobilizadores Socioambientais de Uso e Ocupação do Solo.
15h – Palestra: A Mata Atlântica é aqui em Angra dos Reis.
29 de julho (sexta)Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 10h às 16h
10h - Oficina de Biodança: "O Ser Natureza"- integração música, movimento e natureza, em parceria com o ISABI.
11h – Teatro de fantoches, com o tema Cinturão Verde, em parceria com o Grupo Mobilizadores Socioambientais de Uso e Ocupação do Solo.
13h - Teatro de fantoches, com o tema Biodiversidade, em parceria com o grupo Mobilizadores Socioambientais de Uso e Ocupação do Solo.
14h – Palestra: Orientação Profissional para jovens, sob o aspecto da ecologia humana (relação do ser humano com o seu ambiente natural), em parceria com o ISABI.
30 de julho (sábado)Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 10h às 16h
11h - Oficina de brinquedos feitos com garrafas PET
14h – Jogos educativos: Jogo da Memória e Jogo da Cidadania.
31 de julho (domingo) Atividades abertas ao público durante todo o tempo - das 10h às 16h
11h – Teatro de fantoches, com o tema Cinturão Verde, em parceria com o grupo Mobilizadores Socioambientais de Uso
e Ocupação do Solo.
15h - Teatro de fantoches, com o tema Biodiversidade, em parceria com o grupo Mobilizadores Socioambientais de Uso e Ocupação do Solo.
16h – Encerramento das atividades.
Atividades que podem ser realizadas a qualquer momento CineMata, minibiblioteca para consultas, exposição de objetos confeccionados a partir de materiais recicláveis e oficina para confecção desses materiais (em parceria com os Mobilizadores Socioambientais de Uso e Ocupação do Solo), brincadeiras: caminho das águas, mapa interativo, jogo da cidadania, jogo da memória, maquete dinâmica, quebra-cabeças ambiental, oficinas de desenhos e outros jogos educativos.