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sábado, 3 de agosto de 2013

Escritor premiado de Ribeirão Preto descobre aos 41 anos que é autista

Diagnóstico veio após autor ter publicado 3 obras e vencido 2 concursos.
Cristiano Camargo diz que força de vontade o fez superar as dificuldades.

Livro “Autista com muito orgulho – a síndrome vista pelo lado de dentro” conta a história do autor

Com o cabelo bem penteado, blazer e roupa social alinhados e um tratamento cordial, Cristiano Camargo, 50 anos, abre a porta da casa em que mora com a mãe em Ribeirão Preto (SP) para mais uma entrevista entre tantas que já concedeu. Com cinco livros publicados e três prêmios literários em 38 anos de uma carreira que ele começou aos 12 anos, o autor se destaca pela sensibilidade e criatividade que emprega em suas obras. Mais do que se esforçar para contar boas histórias, o escritor é exemplo para muitos por ter superado as dificuldades de ser autista do tipo asperger, síndrome que só descobriu que possuía aos 41 anos, quando já tinha três publicações e vencido dois concursos.
O choque inicial de descobrir ser asperger transformou-se em inspiração para o livro mais recente, publicado no ano passado. “Autista com muito orgulho – a síndrome vista pelo lado de dentro” é a primeira obra de não ficção de Camargo, que relata um pouco de sua história e o que se passa na vida do autista. A publicação e o trabalho de ativismo na defesa de pessoas com a síndrome renderam ao autor neste ano o prêmio do Movimento do Orgulho Autista, entregue na Assembleia Legislativa de Brasília (DF), onde ele compôs a mesa de debates e discursou no evento.
A descoberta
“Eu considero uma benção ter sido diagnosticado tarde. Sem saber, eu fui superando sozinho, quando eu fui diagnosticado já tinha superado praticamente tudo”, relata Camargo.

Foi durante uma viagem internacional que o pai de Camargo, na época um pesquisador de Farmacologia e Bioquímica da USP, desconfiou que o filho, então com 41 anos, poderia ser autista. Ao ler o livro “O estranho caso do cachorro morto”, de Mark Haddon, em que o protagonista apresentava o distúrbio, o pai notou a semelhança da personagem com o filho. O pesquisador passou o livro a Camargo e marcou uma consulta em São Paulo com um psiquiatra. O médico realizou o exame e confirmou o diagnóstico de asperger.

O transtorno asperger não atinge a capacidade de aprendizado, mas prejudica a interação social e o comportamento do portador. Para explicar como o autista vê o mundo, Cristiano Camargo criou a hipótese que nomeou de “processo de amadurecimento asperger”, no qual o portador vai evoluindo e se tornando mais sociável e independente. O caminho para isso passa por três fases.

Na primeira fase, Camargo explica sob a ótica de sua vida, que a criança cria o “mundo interno de fantasia”, onde inventa suas histórias e interage dentro de si com um imaginário que comanda. A segunda etapa é nomeada pelo autor de “a fase dos dois infernos” quando o contato com a realidade e a confusão com o que é fantasiado geram uma perturbação mental e faz com que a pessoa tenha uma visão desvalorizada de si. “Na cabeça do autista imaturo a realidade é um inferno porque ela não corresponde ao que ele vê no mundo de fantasia interno dele, onde ele mesmo cria as regras, seus personagens e rege tudo isso como se fosse um maestro e tem poder de vida e morte.”
É nesse momento que, segundo ele, o asperger enfrenta o maior desafio: interagir com o mundo real. “Se a pessoa decide começar a visitar a realidade, como a maioria das crianças autistas fazem, ela vai começar a interagir na realidade, a entender, mas é uma época de muito conflito em que ela é obrigada a se virar e dominar esse conflito entre a realidade e a fantasia e distinguir uma da outra”, explica.

O último estágio é o “Amadurecimento”, quando o asperger se torna produtivo e independente e consegue conviver com a sociedade. “Ela aprende a usar o mundo interno de fantasia como uma ferramenta para se dar bem na vida através da criatividade, para buscar novas soluções para os problemas”, conclui.

Ser asperger ajudou a criatividade
Saber visitar esse mundo interno de fantasias e retratá-lo em textos foi um trunfo que Camargo aprendeu a usar desde cedo. Na escola, vibrava quando os professores passavam redações. Leitor assíduo, começou com o “Livro da Selva”, de Rudyard Kipling, passou por obras Monteiro Lobato, Jack London e clássicos da literatura infantil. Junto com o gosto pela leitura veio a vontade de escrever.

“Quando criança eu adorava as redações, principalmente tema livre. Foi fazendo redações do mesmo tema, juntando tudo e formando uma coleção delas que eu fiz o meu primeiro livro.”

A história “Inesperado Salvador” foi escrita a mão por ele aos 12 anos. Uma amiga da família datilografou os manuscritos e enviou para o concurso Círculo do Livro. O prêmio veio com a publicação da obra em uma coletânea em 1979.

O resultado surpreendeu a família. “Meu pai ficou muito surpreso, de ver a qualidade da história. Era a primeira vez que eu estava escrevendo, então ele não tinha ideia de que eu tinha essa vocação literária.”

Depois veio a obra “Jornada ao Vale Deslumbrante”, publicada em 1989. “Mistério do Grande Urso”, de 1997, lhe rendeu no mesmo ano o prêmio de publicação na coletânea “Melhores escritores de São Paulo”. Com “Automato e outras histórias”, de 2005, Camargo conquistou menções honrosas e o primeiro lugar na categoria livro do prêmio Arthur Bispo do Rosário, em 2009.
“Acredito que isso [ser portador da síndrome] acrescenta uma sensibilidade maior aos textos. As pessoas autistas têm uma ferramenta muito importante, que é o mundo interno de fantasias. Autistas e as outras pessoas utilizam o mundo interno de fantasias de maneiras diferentes”, afirma Camargo.
Um fator importante para o desenvolvimento, Camargo adere ao apoio dos pais, principalmente após o diagnóstico, mas ele lamenta que muitos autistas não tenham esse suporte. Ele afirma que é fundamental os familiares, pedagogos e terapeutas trabalharem juntos para tornar a pessoa com o transtorno mais rapidamente inserida na comunidade e independente.
“Muitos pais e mães quando recebem a notícia ficam achando que isso é um tipo de sentença de morte social, isso não é verdade. Eu sempre digo, o autismo e a asperger são progressões alternativas globais do desenvolvimento. A asperger faz parte desse gradiente que vai do mais fraco ao mais severo, ela progride positivamente, para melhor durante toda a vida do indivíduo para que ele supere, se torne produtivo, sociável.”
Sonhos, planos e frustrações
Hoje escritor, Camargo chegou a cursar três faculdades, mas não terminou nenhuma. Foi aprovado em estatística na UFSCar, e fez biologia e tradução de inglês em uma faculdade particular de Ribeirão Preto. O gosto por línguas – ele fala inglês e tem noções de francês e italiano – veio de quando morou nos Estados Unidos, de 1979 a 1981, e de 1998 a 1999.

Ele se orgulha de dirigir diariamente seu carro vermelho por Ribeirão e está animado com as negociações para publicar quatro livros até o meio do ano que vêm. Para este ano, a fábula infanto-juvenil de conscientização ecológica “Homem mau, Lobo bom” já está programada. Esta é apenas uma das 165 histórias de autoria dele que estão prontas e aguardando apenas por uma editora interessada.

A única frustração que sente é a de não ser pai. Camargo é divorciado e não teve filhos com a ex-mulher no casamento que durou cinco anos. O escritor diz que seu maior sonho é adotar uma garotinha. Para quem acha que a asperger pode ser uma barreira, ele já tem a resposta.

“O asperger e o autismo não são doenças, a verdadeira doença é o preconceito, a intolerância, a discriminação, a segregação social”, finaliza.
Matéria e fotos do Do G1
Defesa de pessoas com a síndrome rendeu ao autor o prêmio do Movimento do Orgulho Autista

pastor Malafaia pedindo que fiéis não denunciem corrupção dentro da igreja


"Teu pastor é ladrão? Não está gostando? Sai de lá e vai para outra igreja", afirma

Um vídeo que circula na internet mostra o polêmico pastor Silas Malafaia pedindo aos fiéis que não denunciem pastores que estejam envolvidos com corrupção dentro da igreja.
A gravação está hospedada em uma conta do Youtube, com nome de usuário João Weiser. A filmagem possui cortes, e, ao final, imagens que zombam da corrupção em igrejas. Elas são de responsabilidade do usuário.
A pregação de Malafaia ocorreu entre os dias 11 e 14 de 2012, durante congresso Labaredas de Fogo, em Governador Valadares, Minas Gerais.

Veja vídeo
O que o pastor fala
"Eu fico vendo uns caras que nem tiraram a fralda, que chegaram agora no Evangelho, na internet julgando pastor. Que é esse cara? Ilustríssimos desconhecidos recalcados com dor de cotovelo do sucesso dos outros. Uma meia dúzia de idiotas, de imbecis travestidos de crente. Essa gente não é crente. Porque quem calunia pastor e fala da igreja não pode ser crente. Vou dar um conselho para você. Fica longe de participar da divisão, de calúnia e de difamação de pastor. Fica longe disso. Quer arrumar problema para a sua vida? Entra nisso!"

"Quem é que toca no ungido do Senhor e fica impune? Ungido do Senhor é problema do Senhor. Ungido do Senhor não é problema teu. Teu pastor é ladrão? Teu pastor é pilantra? Você não está gostando? Sai de lá e vai para outra igreja. Não se mete nisso não que não é da sua conta não. Cai fora. Vai embora!"

"Só não arruma problema. Não toca em ungido. Rapaz, aprenda isso, eu já vi gente morrer por causa disso, meu irmão. Meu irmão, eu já vi gente morrer. Eu estou falando aqui, eu já vi gente morrer".

"Meu irmão, isso é coisa muito séria, meu irmão. Meu irmão, não toma atitude contra pastor, não entrar nessa furada"

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Família de ex-governador do ES dá recompensa por bota desaparecida

Par de calçado tem mais de 80 anos e seria destinado para museu.
Francisco Lacerda governou pela 1ª vez entre 1952 e 1955.

A família do ex-governador do Espírito Santo, Francisco Lacerda de Aguiar, conhecido como 'Chiquinho', está a procura de um par de botas desaparecido, desde quarta-feira (31), na região do Caparaó, em Guaçuí, Sul do estado. A relíquia de mais de 80 anos seria doada pela família para o museu da cidade. Haverá uma recompensa para quem devolver.

Por volta das 8h30 da manhã, a família levou o par de botas para "Seu Pelé", que é engraxate. Ele já havia limpado e engraxado as botas, colocou o calçado dentro de uma sacola branca, deixou em cima da cadeira e saiu. Quando voltou, a bota havia sido furtada. "Peguei a bicicleta e rodei o quarteirão todo. Tentei ver se tinha alguém com alguma sacola na mão e não consegui encontrar mais. Eu estou muito preocupado, porque eu sou conhecido na cidade pelo meu trabalho e também sou amigo da família", contou o engraxate.

O aposentado Paulo Lacerda de Aguiar é filho do ex-governador "Chiquinho" e contou a história e tradição que as botas representam para a cidade de Guaçuí. "Essa bota foi adquirida no Rio de Janeiro, quando ele vinha aqui em Guaçuí visitar a fazenda. Ele usava essa bota para percorrer a propriedade. Nós levamos a bota até o engraxate para que ela pudesse ser doada para o museu em ótimo estado de conservação e infelizmente tivemos a triste notícia de que ela havia sumido", contou.

Como recompensa, quem devolver, segundo a família, vai ganhar um par de botas novo. Paulo Lacerda não registrou queixa na polícia e acredita que a pessoa que furtou irá devolver. "Nós estamos precisando da nossa bota para doarmos ao museu. Eu faço um apelo a nossa comunidade para que ajude a encontrar essa bota", afirmou.
Chiquinho governou o Espírito Santo entre 1952 e 1955, e 1963 e 1966.
Do G1 ES, com informações da TV Gazeta

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Moradores da Rua Gálatas no bairro Belem vivem em estado de abandono por parte das autoridades municipais

Moradores da rua Gálatas e adjacência  estão amargando a dura realidade de conviver diariamente com as adversidades existentes na comunidade. Todas elas estão comprometendo a condição mínima de viver; é esgoto a céu aberto, ruas sem pavimentação e sem iluminação pública, lixo espalhado por toda a comunidade pondo em risco a saúde dos moradores em geral.

Na comunidade existem várias famílias que perderam a esperança das promessas durante campanhas políticas de melhorar a condição de vida deles.Segundo o morador Sr Wellington  “Foram feita promessas de urbanização da localidade, inclusive o administrador da regional havia garantido aos moradores que seriam colocados iluminação pública, redes de esgoto sanitário,e pavimentação,porém a realidade é outra bem diferente, o que fizeram foi deixar uma manilha de esgoto dentro da comunidade inundando tudo aí". disse morador.

“A dura realidade de nós, moradores desta comunidade é esta que vocês estão vendo aí, não temos nenhuma assistência do poder publico, estamos abandonados literalmente, só vocês para nos ajudar, peço encarecidamente que levem ao conhecimento das autoridades estas imagens e por favor faça alguma coisa por nós, já chamei o Zé do Bairro aqui (reportagem da tv Riosul) pois lá em Itatiaia eles foram e foi resolvido o problema, mas aqui eles não vieram". finalizou.
 Lixos espalhados, com vários depósitos que servem de criadouros de mosquitos..
 Postes sem nenhuma lampada
Esgotamento jorrando na rua, animais à solta e ao léu








domingo, 28 de julho de 2013

Cacajao - macaco típico da Floresta Amazônica

Cacajao Less., conhecido popularmente como uacari, cacajau, acari, guacari e macaco-inglês, é um gênero de macaco diurno e arborícola, da família dos cebídeos. Apesar de ameaçado de extinção, ainda pode ser encontrado nas florestas alagadas do noroeste da Amazônia. Distingue-se pelo tamanho curto da cauda (menor que a metade do comprimento do corpo) e pela ausência de pelos na região da cara.

Etimologia 
"Uacari", "guacari" e "acari" se originaram do termo tupi waka'ri . "Macaco-inglês" é uma referência a seu rosto vermelho, que lembra uma pessoa de pele clara com o rosto queimado pelo sol

Barbosa descarta ser candidato à presidência: há racismo no país

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, garantiu que não será candidato à presidência do Brasil nas eleições de 2014 e afirmou que o país ainda vive a intolerância racial não declarada não estando preparado para ter um presidente negro.
Barbosa tem aparecido com relevância nas pesquisas eleitorais para a presidência, principalmente após a onda da manifestações populares por todo o país, mas descarta veementemente a opção de ser candidato. 
"Sou muito realista. Nunca pensei em me envolver em política. Não tenho laços com qualquer partido. O Brasil não está preparado para um presidente negro. Ainda há bolsões de intolerância muito fortes e não declarados. No momento em que um candidato negro se apresente, esses bolsões se insurgirão de maneira violenta contra esse candidato. Já há sinais disso na mídia", analisou.
Barbosa se declara "um homem de inclinação social democrata à europeia" e afirma que não se sente representado por nenhum partido brasileiro atualmente. "A crise na representação política se traduz em uma insatisfação generalizada que nós assistimos nesses dois meses. Falta honestidade em pessoas com responsabilidade de vir a público e dizer que as coisas não estão funcionando", pontuou.
O presidente ainda fez duras críticas à forma do Brasil gastar seus recursos. "O Brasil gasta muito mal. Quem conhece a máquina pública brasileira, sabe que há inúmeros setores que podem ser racionalizados, podem ser diminuídos", argumentou.
Jordana Cury
com informações do Jornal O Globo.