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sábado, 10 de outubro de 2015

Lula e as crianças que naufragaram na viagem para o futuro

Dez anos depois, nada mudou para estas crianças brasileiras

Cristovam BuarqueO Globo
No dia 11-02-2005, o helicóptero do presidente Lula desceu na comunidade de Canaã, no agreste pernambucano, ao lado da cidade de Toritama; o presidente caminhou até um grupo de crianças e agachou-se em frente a elas. Um fotógrafo captou a cena, e a foto foi publicada nos jornais. Ao vê-la, decidi visitar as crianças e, com base no que observei, escrevi uma carta ao presidente, sob o título “Estas crianças têm nome — como dar-lhes um futuro?”.
Descrevi a realidade onde elas viviam, especialmente a escola onde estudavam, reconheci que o presidente ainda não era o culpado daquele triste cenário de penúria educacional e pobreza social, mas que seria o responsável se, dez anos depois, o quadro se mantivesse; na carta sugeri dez medidas para mudar aquela realidade, seguindo as linhas do projeto que tentei executar ao longo de 2003, quando fui ministro da Educação.
DEZ ANOS DEPOIS
Na semana passada voltei ao local e vi a tragédia resultante de dez anos de abandono da educação e falta de políticas públicas consistentes para a emancipação dos pobres.
A menina — na foto está bem em frente ao presidente — de nome Taciana, então com 6 anos, deixou a escola aos 14, engravidou aos 15 e aos 16 tem um filho com 1 ano e dois meses, chamado Angelo Miguel. Seu irmão, conhecido como Cambiteiro, estava no grupo, mas não quis aparecer na foto. Fora da escola antes dos 15 anos, tornou-se vigilante informal nas pobres ruas de Canaã, até ser assassinado.
O menino chamado Rubinho, então com 7 anos, para quem o presidente Lula parecia olhar, deixou a escola antes da quinta série e, aos 17, tem um filho de nome Natan Rafael. Seu irmão Diego, que não aparece na foto por ser então muito pequeno, hoje com 15 anos, já esteve preso; na cadeia foi jurado de morte pelos presos, esfaqueado, fugiu do hospital e desapareceu. Jailson, o que ri para o presidente, e Josivan, na ponta direita da foto, deixaram a escola antes de terminar a quarta série. Jaques, então com 9 anos, deixou a escola com 13; o menino conhecido como Nego, então com 8 anos, não estudou e tem hoje dois filhos.
NADA MUDOU
Nesses dez anos, a vida daquelas crianças tornou-se uma monótona repetição de fatos e fracassos: todas deixaram a escola antes de concluir o ensino fundamental, fazem parte do exército de analfabetos funcionais que ocupa o país; todas foram trabalhar ao redor dos 15 anos, em trabalhos informais sem qualificação; tiveram filhos ainda na adolescência; nenhuma teve o futuro a que tinha direito ao nascer.
Toritama é um Mediterrâneo onde aquelas crianças naufragaram na viagem para o futuro, diante dos olhos do presidente Lula e de todos nós.
Dez anos depois carreguei nos braços Angelo Miguel, filho da Taciana, e me veio o triste sentimento de ver nele a repetição do mesmo histórico círculo vicioso que gira passando de pais para filhos, sem mudar o rumo do destino. E seria tão fácil, se garantíssemos escola com qualidade para todos de uma geração, como aquela de Canaã, dez anos atrás. Sem isto, agora é a vez de Angelo.
(artigo enviado pelos comentaristas Mário Assis e Celso Serra)

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Confira o boletim do Inea das praias que estão proprias e impróprias para banho em Angra dos Reis e Paraty

 O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) divulgou a relação de praias próprias e impróprias para o banho de mar de Angra dos Reis e Paraty,
As informações são do último boletim de balneabilidade divulgado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em 28 de setembro de 2015
 veja abaixo a relação completa de onde o banho está liberado e onde não é recomendado.
Angra dos Reis

Impróprias
  • Bonfim
  • Anil
  • Jacuecanga
  • Enseada
  • Frade
  • Bexiga
  • Itinga
Próprias
  • Praia Grande
  • Brava
  • Mambucaba
  • Gordas
  • Enseada
  • Costeirinha
  • Garatucaia
  • Retiro
  • Éguas
  • Biscaia
  • Figueira
  • Laboratório
  • Vermelha
Observações:
* O referencial de localização leva em consideração que o observador está de frente para o mar. Evitar o banho de mar nas primeiras horas após a ocorrência de chuvas e próximo a saída de galeria de águas pluviais ou canais de drenagem.

Paraty
Praias Impróprias
  • Pontal

Praias Próprias
  • Paraty-Mirim
  • São Gonçalo
  • Jabaquara
  • Tarituba
  • Terra Nova
  • Prainha de Mambucaba
  • Praia Grande de Corumbê
  • Praia do Meio (Trindade)
  • Cepilho

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

sindicato confirma demissão de 1.125 funcionários da obra da usina de Angra 3


O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil de Angra dos Reis e Paraty (Sticpar) informou que 1.125 trabalhadores envolvidos na construção civil da usina nuclear de Angra 3, na Costa Verde do Rio de Janeiro, foram demitidos. Segundo o Sticpar, o órgão foi notificado na quarta-feira (7) sobre os desligamentos e o motivo seria falta de verba para continuação dos serviços.

As usinas de Angra dos Reis são operadas pela Eletrobras Eletronuclear, e a construção civil de Angra 3 é de responsabilidade da construtora Andrade Gutierrez. Os desligamentos começam menos de 10 dias depois da Eletronuclear anunciar, em 28 de setembro, a suspensão temporária dos contratos relativos à construção da nova usina, inclusive o da Andrade Gutierrez.

O Sticpar disse que a construtora enviou um documento que dizia que 1.125 demissões precisam ser homologadas. Necessitam de homologação os desligamentos de funcionários com pelo menos um ano no cargo.

"Ela [Andrade Gutierrez] tinha em torno de 2.000 trabalhadores. Todos os 2.000, com exceção de uns 5%, que eles [da Eletronuclear] falam que vão ficar, vão ser demitidos", disse o vice-presidente do Sticpar, Carlos Silva. "Até agora foram 71 homologações, mas um número bem maior foi mandado embora".

De acordo com Carlos, o sindicato tentou acordos, como férias coletivas e a garantia, no caso de demissão, de que os dispensados fossem os primeiros a serem contratados quando a obra fosse retomada, mas não teve sucesso e que não "está vendo uma luz no fim do túnel quanto a isso".

O vice-presidente acredita que a paralisação da obras e consequente atraso pode resultar em um novo adiamento da entrega de Angra 3. Ela estava prevista inicialmente para este ano de 2015 e depois foi adiada para 2018.

"A informação que a gente teve é que pediram lá mais dois anos, ou seja, vai para 2020. A gente acredita que esse é o prazo que a obra deve ficar paralisada", comentou Carlos Silva. Ele lembra que não apenas funcionários da Andrade Gutierrez, mas também de empreiteiras, serão dispensados.

O G1 entrou em contato com a construtora Andrade Gutierrez, que disse através da assessoria de imprensa que "a empresa não vai comentar" o assunto. O G1 também entrou em contato com a Eletronuclear e a Eletrobras, que não se pronunciaram até o início da tarde desta quinta-feira (8).

Os contratos firmados por empreiteiras com a Eletronuclear, que é instituição de economia mista, cujo controle acionário é da União, foram foco da 16ª fase da Lava Jato, deflagrada no dia 28 de julho. A operação apura fraude na licitação para obras de Angra 3, que foi vencida pelo Consórcio Angramon, formado por um grupo de empreiteiras, entre elas a Andrade Gutierrez.

Segundo as investigações, houve restrição à concorrência por parte Eletronuclear, levando o consórcio a sair vitorioso. Nesta fase da operação, foram presos o diretor-presidente licenciado da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva e o executivo da empreiteira Andrade Gutierrez Flávio David Barra.

Suspensão de contratos de Angra 3
O prazo inicial de suspensão é de 90 dias, podendo ser prorrogado para até 120. A justificativa apontada é "de situação excepcional".

"A Eletronuclear decidiu pela suspensão, pelo prazo de 90 (noventa) dias, podendo ser
prorrogada para até 120 (cento e vinte) dias, do contrato firmado com a Construtora Andrade Gutierrez, para a execução das obras civis de Angra 3, contados a partir da notificação formal a ser feita à referida contratada e suspensão temporária dos contratos relativos à construção da Usina Angra 3, pelo prazo de 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogada para até 120 (cento e vinte) dias", diz o comunicado divulgado em setembro.

"A suspensão dos contratos em referência, por decisão da Eletronuclear, não implica em qualquer deliberação ou anuência futura a respeito dos supramencionados contratos. É, tão somente, medida temporária que se justifica diante de situação excepcional".

Fonte:  G1  

Atenção moradores do Frade e adjacências

Será realizado uma audiência pública dia 21 /10/ no Clube do Frade, pauta Hospital de Praia Brava.
Sua presença é fundamental. 
O encontro acontecerá às 19:00 hs, no Clube do Frade, Rua São Sebastião, Frade,
Participe!