Decisão foi tomada em comum acordo com o Governo do Estado
A Prefeitura de Angra dos Reis retomou a gestão do futuro Hospital da Japuíba no início deste mês, visando melhorar a prestação dos serviços de saúde à população. A decisão foi tomada em comum acordo com o Governo do Estado, que havia assumido o prédio da futura unidade em setembro do ano passado. Após as chuvas de janeiro, que causaram danos na estrutura física do prédio, o próprio Estado já havia informado ao município, que não teria como realizar a manutenção do local e inaugurar a unidade em curto prazo, o que, para o Governo de Angra, representava risco de prejuízos para a população.
Segundo o secretário municipal de Saúde de Angra, Dr. Carlos Vasconcellos, no dia 5 de fevereiro uma equipe da pasta foi ao Hospital e constatou problemas no prédio, entre eles vazamentos no telhado, que inundaram parte do prédio, e mudanças estruturais em alguns pontos, como a demolição de algumas paredes e mudanças no projeto original.
O Governo do Estado, informado dos problemas, pediu ao município que entrasse em contato com a empreiteira responsável pela obra, para que ela avaliasse a situação. A empreiteira constatou que os problemas foram causados pela falta de manutenção adequada, já que desde setembro, quando a unidade foi estadualizada, esta passou a ser uma atribuição do Estado. A secretaria de Estado de Saúde, no entanto, informou à Prefeitura que não teria como fazer a manutenção.
A prefeita de Angra, Conceição Rabha, e o secretário Carlos Vasconcellos decidiram reassumir a responsabilidade pelo Hospital, sobretudo por causa do alto investimento já feito pelo município na obra, inclusive com a aquisição de equipamentos. Aliás, mesmo após a estadualização, a prefeitura continuou gastando cerca de R$ 20 mil mensais com energia elétrica e vigilância no prédio.
O plano de ocupação a ser implantado pelo município no novo hospital prevê a instalação ali do pronto socorro municipal; de enfermarias de clínicas médica e cirúrgica, que atualmente funcionam na Santa Casa; um centro cirúrgico para emergências, laboratório de análises clínicas, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o hemonúcleo e um moderno e amplo centro de imagem. A secretaria de Saúde já tem, inclusive, um cronograma para ocupação da unidade.
— Atualmente o município tem uma rede de saúde bastante sucateada e a idéia é usar essa unidade para melhorar os serviços prestados à população. Como faremos uma transferência de serviços que hoje funcionam em outros locais, com estruturas precárias, esse processo tende a ser tranquilo e rápido. O objetivo é que estes serviços já estejam funcionando em julho no novo Hospital. O Governo do Estado compreendeu a nossa necessidade e nos devolveu o hospital de uma forma cordial — disse Vasconcellos.
A prefeitura ainda precisará investir cerca de um milhão de reais para terminar de equipar o novo hospital e adequá-lo para a entrada em operação. Haverá necessidade de contratar ainda serviços de manutenção para o local. Quando em funcionamento, o Hospital terá um custo mensal de aproximadamente R$ 150 mil. Com a inauguração do Hospital da Japuíba, a Santa Casa também deverá passar por reformas estruturais, para se tornar uma unidade de alta complexidade e receber cirurgias eletivas.
Outra consequência da entrada em operação do Hospital da Japuíba deverá ser a redução dos valores gastos com aluguéis, já que boa parte dos serviços a serem instalados na unidade, funcionam hoje em imóveis alugados pela administração municipal.
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