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domingo, 12 de janeiro de 2014

"Piscinão" em pedreira vira atração no Complexo do Alemão, no Rio

Três anos depois de ter sido esvaziado e interditado, um lago artificial de águas cristalinas, com 4.000 metros quadrados e formado a partir de explosões de uma pedreira, voltou a ser o lugar favorito de moradores dos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, para aplacar o calor.
As placas que alertam ser proibida a entrada de visitantes sem equipamentos de proteção ou autorização -e o fato de que ao redor do lago são constantes as explosões de dinamite- não são empecilhos para que crianças aproveitem o "piscinão", cercado de rochas e com cerca de 1,5 metro de profundidade.
Na quinta-feira à tarde, sete meninos que se divertiam no local contaram à Folha que sempre que vai haver uma explosão um motoqueiro passa pelo lago e avisa, para que eles saiam.
"Ele grita e a gente corre para a entrada da pedreira. Depois a gente volta", contou Gabriel, de 12 anos, que frequenta o lugar há dois meses.
Ao chegar a um dos acessos do lago, a equipe da Folha foi alertada por um vigilante da empresa Lafarge, que administra a pedreira, para o risco de transitar ali naquele momento.
"Só podemos liberar a entrada de vocês depois da explosão. Hoje a detonação atrasou e deve acontecer até as seis da tarde", avisou, por volta das 17h.

Às 18h30 a Folha voltou e entrou, sem que ninguém aparecesse para exigir o uso de equipamentos de segurança. A última detonação do dia tinha acabado de acontecer.

MELHOR QUE PISCINA
Os garotos velejavam numa prancha de surf, praticavam stand-up paddle e se apoiavam em pedregulhos para pular de cabeça na água.
No entorno do piscinão, um vão enorme deixa à mostra pedras rachadas, que ameaçam cair.
Sem noção do perigo e deslumbrados com a área de lazer, os garotos elogiam o lago e dizem que é melhor do que a piscina do Mica.
A piscina da casa do traficante Paulo Roberto de Souza Paz, o Mica, na Vila Cruzeiro, ficou conhecida quando a favela foi ocupada pelas forças de segurança, em novembro de 2010.
A casa, que estava vazia quando os policiais chegaram, foi "invadida" pelas crianças da favela, que se divertiram mergulhando na piscina. O imóvel está ocupado por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
"Aqui é melhor para brincar porque é raso e a gente tem mais espaço para correr", afirmou um dos meninos.

Antes da ocupação dos complexos do Alemão e da Penha, o lugar costumava ser frequentado por traficantes.
Pessoas ouvidas pela reportagem contaram que Fabiano Atanazio da Silva, o FB, apontado como um dos chefes do tráfico da região, andava de jet ski no lago, que antes tinha uma profundidade de pouco mais de 10 metros.

Leia a reportagem completa: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1396440-criancas-do-complexo-do-alemao-recorrem-a-lago-em-pedreira-para-amenizar-calor.shtml

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