Três anos depois de ter sido esvaziado e interditado, um lago artificial de águas cristalinas, com 4.000 metros quadrados e formado a partir de explosões de uma pedreira, voltou a ser o lugar favorito de moradores dos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, para aplacar o calor.
As placas que alertam ser proibida a entrada de visitantes sem equipamentos de proteção ou autorização -e o fato de que ao redor do lago são constantes as explosões de dinamite- não são empecilhos para que crianças aproveitem o "piscinão", cercado de rochas e com cerca de 1,5 metro de profundidade.
Na quinta-feira à tarde, sete meninos que se divertiam no local contaram à Folha que sempre que vai haver uma explosão um motoqueiro passa pelo lago e avisa, para que eles saiam.
"Ele grita e a gente corre para a entrada da pedreira. Depois a gente volta", contou Gabriel, de 12 anos, que frequenta o lugar há dois meses.
Ao chegar a um dos acessos do lago, a equipe da Folha foi alertada por um vigilante da empresa Lafarge, que administra a pedreira, para o risco de transitar ali naquele momento.
"Só podemos liberar a entrada de vocês depois da explosão. Hoje a detonação atrasou e deve acontecer até as seis da tarde", avisou, por volta das 17h.
Às 18h30 a Folha voltou e entrou, sem que ninguém aparecesse para exigir o uso de equipamentos de segurança. A última detonação do dia tinha acabado de acontecer.
No entorno do piscinão, um vão enorme deixa à mostra pedras rachadas, que ameaçam cair.
Sem noção do perigo e deslumbrados com a área de lazer, os garotos elogiam o lago e dizem que é melhor do que a piscina do Mica.
A piscina da casa do traficante Paulo Roberto de Souza Paz, o Mica, na Vila Cruzeiro, ficou conhecida quando a favela foi ocupada pelas forças de segurança, em novembro de 2010.
A casa, que estava vazia quando os policiais chegaram, foi "invadida" pelas crianças da favela, que se divertiram mergulhando na piscina. O imóvel está ocupado por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
"Aqui é melhor para brincar porque é raso e a gente tem mais espaço para correr", afirmou um dos meninos.
Antes da ocupação dos complexos do Alemão e da Penha, o lugar costumava ser frequentado por traficantes.
Pessoas ouvidas pela reportagem contaram que Fabiano Atanazio da Silva, o FB, apontado como um dos chefes do tráfico da região, andava de jet ski no lago, que antes tinha uma profundidade de pouco mais de 10 metros.
As placas que alertam ser proibida a entrada de visitantes sem equipamentos de proteção ou autorização -e o fato de que ao redor do lago são constantes as explosões de dinamite- não são empecilhos para que crianças aproveitem o "piscinão", cercado de rochas e com cerca de 1,5 metro de profundidade.
Na quinta-feira à tarde, sete meninos que se divertiam no local contaram à Folha que sempre que vai haver uma explosão um motoqueiro passa pelo lago e avisa, para que eles saiam.
"Ele grita e a gente corre para a entrada da pedreira. Depois a gente volta", contou Gabriel, de 12 anos, que frequenta o lugar há dois meses.
Ao chegar a um dos acessos do lago, a equipe da Folha foi alertada por um vigilante da empresa Lafarge, que administra a pedreira, para o risco de transitar ali naquele momento.
"Só podemos liberar a entrada de vocês depois da explosão. Hoje a detonação atrasou e deve acontecer até as seis da tarde", avisou, por volta das 17h.
Às 18h30 a Folha voltou e entrou, sem que ninguém aparecesse para exigir o uso de equipamentos de segurança. A última detonação do dia tinha acabado de acontecer.
MELHOR QUE PISCINA
Os garotos velejavam numa prancha de surf, praticavam stand-up paddle e se apoiavam em pedregulhos para pular de cabeça na água.No entorno do piscinão, um vão enorme deixa à mostra pedras rachadas, que ameaçam cair.
Sem noção do perigo e deslumbrados com a área de lazer, os garotos elogiam o lago e dizem que é melhor do que a piscina do Mica.
A piscina da casa do traficante Paulo Roberto de Souza Paz, o Mica, na Vila Cruzeiro, ficou conhecida quando a favela foi ocupada pelas forças de segurança, em novembro de 2010.
A casa, que estava vazia quando os policiais chegaram, foi "invadida" pelas crianças da favela, que se divertiram mergulhando na piscina. O imóvel está ocupado por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
"Aqui é melhor para brincar porque é raso e a gente tem mais espaço para correr", afirmou um dos meninos.
Pessoas ouvidas pela reportagem contaram que Fabiano Atanazio da Silva, o FB, apontado como um dos chefes do tráfico da região, andava de jet ski no lago, que antes tinha uma profundidade de pouco mais de 10 metros.
Leia a reportagem completa: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1396440-criancas-do-complexo-do-alemao-recorrem-a-lago-em-pedreira-para-amenizar-calor.shtml
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