A concentração de riqueza no mundo poderá se radicalizar ainda mais se governos, sociedades e os organismos financeiros multilaterais não adotarem ou reforçarem suas políticas de distribuição de renda. Um relatório divulgado pela Oxfam International, organização não-governamental britânica voltada ao combate à pobreza no mundo, aponta que em 2016 o grupo com 1% das pessoas mais ricas do planeta vai superar as posses dos 99% mais pobres.
Em 2014, enquanto o grupo de 1% mantinha 48% de toda a riqueza, os 99% mais pobres detinham 52%. Desde 2010, no entanto, esses números seguem tendências inversas, que favorecem a concentração. O estudo, feito com base em dados do Credit Suisse, prevê que em 2016 o mais ricos vão superar a barreira dos 50% da riqueza total do mundo.
Por conta desses dados, a Oxfam, cuja diretora-geral, Winnie Byanyima, copresidirá o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), exigiu "a realização, este ano, de uma cúpula mundial para reescrever as regras fiscais internacionais". O fórum será realizado de quarta-feira (21) a sábado (24), e reunirá líderes mundiais. "A amplitude das desigualdades mundiais é vertiginosa", disse Winnie, para quem "o fosso entre as grandes fortunas e o resto da população aumenta rapidamente".
Um detalhe que o relatório observa é que no universo dos mais pobres o modelo de concentração também se reproduz. Dos 52% de riqueza do grupo, quase a totalidade está na mão dos 20% mais ricos, enquanto 80% da população conta com apenas 5,5% da riqueza para garantir a sua sobrevivência.
As tendências de concentração despontam onde quer que se olhem os números do estudo da Oxfam, cuja base temporal compreende o período de 2010 a 2020. O relatório cita que a lista da Forbes com as 80 pessoas mais ricas do planeta também segue ritmo de concentração. Em 2010, esse grupo detinha 1,3 bilhão de dólares, cifra que em 2014 subiu para 1,9 bilhão de dólares. Ou seja, em quatro anos, o grupo ficou 600 milhões de dólares mais rico, cifra nada desprezível.
Atualmente, essas 80 pessoas possuem a mesma riqueza de 50% da população mundial mais pobre, que compreende 3,5 milhões de pessoas. Considerando a referência de 50% da riqueza, vê-se também que o grupo de 80 pessoas tende a diminuir. Em 2010, um grupo de 388 pessoas detinha 50% da riqueza mundial, número que caiu para 80 no ano passado.
O relatório também lembra que em 2014 havia 1.645 milionários, segundo a Forbes, e que 30% desse grupo era formado por cidadãos norte-americanos. “Os milionários são um coletivo fundamentalmente composto por homens de idade madura: 85% superam os 50 anos e 90% são homens”, afirma o estudo.
Entre as razões da concentração de riqueza, o relatório destaca os setores econômicos que têm contribuído para esse estado que espelha a injustiça social. Segundo dados da Forbes de março do ano passado, 20% dessas pessoas estão vinculadas ao setor financeiro e de seguros, que constituem a origem de riqueza mais habitual.
Os setores de farmacêutico e de saúde também despontam em favor da concentração. Entre março de 2013 e março de 2014, 29 pessoas desses setores passaram a engrossar a lista dos milionários, de tal modo que 90 deles agora atuam nesses setores.
Em 2014, enquanto o grupo de 1% mantinha 48% de toda a riqueza, os 99% mais pobres detinham 52%. Desde 2010, no entanto, esses números seguem tendências inversas, que favorecem a concentração. O estudo, feito com base em dados do Credit Suisse, prevê que em 2016 o mais ricos vão superar a barreira dos 50% da riqueza total do mundo.
Por conta desses dados, a Oxfam, cuja diretora-geral, Winnie Byanyima, copresidirá o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), exigiu "a realização, este ano, de uma cúpula mundial para reescrever as regras fiscais internacionais". O fórum será realizado de quarta-feira (21) a sábado (24), e reunirá líderes mundiais. "A amplitude das desigualdades mundiais é vertiginosa", disse Winnie, para quem "o fosso entre as grandes fortunas e o resto da população aumenta rapidamente".
Um detalhe que o relatório observa é que no universo dos mais pobres o modelo de concentração também se reproduz. Dos 52% de riqueza do grupo, quase a totalidade está na mão dos 20% mais ricos, enquanto 80% da população conta com apenas 5,5% da riqueza para garantir a sua sobrevivência.
As tendências de concentração despontam onde quer que se olhem os números do estudo da Oxfam, cuja base temporal compreende o período de 2010 a 2020. O relatório cita que a lista da Forbes com as 80 pessoas mais ricas do planeta também segue ritmo de concentração. Em 2010, esse grupo detinha 1,3 bilhão de dólares, cifra que em 2014 subiu para 1,9 bilhão de dólares. Ou seja, em quatro anos, o grupo ficou 600 milhões de dólares mais rico, cifra nada desprezível.
Atualmente, essas 80 pessoas possuem a mesma riqueza de 50% da população mundial mais pobre, que compreende 3,5 milhões de pessoas. Considerando a referência de 50% da riqueza, vê-se também que o grupo de 80 pessoas tende a diminuir. Em 2010, um grupo de 388 pessoas detinha 50% da riqueza mundial, número que caiu para 80 no ano passado.
O relatório também lembra que em 2014 havia 1.645 milionários, segundo a Forbes, e que 30% desse grupo era formado por cidadãos norte-americanos. “Os milionários são um coletivo fundamentalmente composto por homens de idade madura: 85% superam os 50 anos e 90% são homens”, afirma o estudo.
Entre as razões da concentração de riqueza, o relatório destaca os setores econômicos que têm contribuído para esse estado que espelha a injustiça social. Segundo dados da Forbes de março do ano passado, 20% dessas pessoas estão vinculadas ao setor financeiro e de seguros, que constituem a origem de riqueza mais habitual.
Os setores de farmacêutico e de saúde também despontam em favor da concentração. Entre março de 2013 e março de 2014, 29 pessoas desses setores passaram a engrossar a lista dos milionários, de tal modo que 90 deles agora atuam nesses setores.
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