Na tarde desta quinta-feira (16) a polícia tentou dispersar os grevistas, que se encontravam em um morro próximo à fábrica, com disparos de gás lacrimogênio e canhões d’agua. Para contra-atacar, os trabalhadores das minas, cuja área de concentração foi isolada com arame farpado, empunhavam facões e teriam utilizado armas de fogo, segundo policiais. Em resposta, as forças dispararam contra o grupo, causando um número ainda incerto de mortes. Um repórter sul-africano citado pelo Mail & Guardian relata ter contado 18 corpos em uma favela próxima ao local do embate. Os números oficiais, embora menores, já contabilizavam dez mortos, dois deles policiais, em quase uma semana de disputas entre os sindicatos rivais.
“Estamos chocados e decepcionados com esta violência sem sentido. Acreditamos que haja espaço em nossa ordem democrática para resolver qualquer disputa através do diálogo”, lamenta o presidente da África do Sul, Jacob Zuma. Por sua vez, o porta-voz da polícia, capitão Dennis Adriao, afirmou aos jornalistas presente na cena que a abordagem da polícia foi tática, apesar da situação tensa.
O vídeo abaixo mostra cenas da violenta repressão aos mineiros em Marikana. AVISO: contém imagens fortes
Com informações do Mail & Guardian, Al Jazeera , Lonmin e da Presidência da África do Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário