Um animal que parece uma mistura de gato doméstico e urso de pelúcia, com cauda longa, pelagem laranja e olhos grandes, é o mais novo mamífero a ser descoberto, e o primeiro novo carnívoro das Américas em 35 anos, segundo anúncio feito na quinta-feira pelo Instituto Smithsonian, dos EUA. O bicho foi batizado de olinguito.
Nativo das florestas altas e enevoadas da Colômbia e do Equador, o olinguito é o menor membro conhecido da família dos guaxinins, segundo Kristofer Helgen, cientista do Smithsonian que há dez anos reconheceu esse animal como uma espécie à parte.
O momento "eureca" não aconteceu numa floresta sul-americana, e sim no Museu de Campo de Chicago, disse Helgen em entrevista coletiva. "Abri uma gaveta (...) e disse ‘Uau!'", contou o cientista, descrevendo a primeira vez que viu um espécime do século 20, morto há muitos anos. O animal havia sido confundido com uma espécie aparentada, o olingo. "Não se parecia com nada que tivéssemos visto antes."
Helgen explicou que os dentes e o crânio desse espécime eram muito diferentes do olingo, que é maior e tem orelhas mais proeminentes que o olinguito.
Ele disse que poderia ter publicado sua descoberta numa revista científica naquela época, mas que, para ser mais minucioso, buscou ajuda de colegas para confirmar a existência da nova espécie em seu habitat.
Os olinguitos são considerados carnívoros, embora comam principalmente frutas, disse Helgen. Essas criaturas têm dentes que parecem plenamente capazes de mastigar carne, acrescentou.
O pelo, espesso e sedoso, é mais brilhante que do olingo. Os olinguitos têm cerca de 75 centímetros de comprimento e pesam cerca de 900 gramas. Machos e fêmeas têm aproximadamente o mesmo tamanho, e as fêmeas criam um filhote por vez, segundo os cientistas.
Os olinguitos são difíceis de serem vistos nas florestas enevoadas do norte dos Andes, a altitudes de 1.500 a 2.800 metros sobre o nível do mar. São principalmente noturnos e passam a maior parte do tempo nas copas florestais, saltando de árvore em árvore.
Helgen disse que sua equipe observou atentamente os hábitos e o ambiente do animal. As florestas enevoadas dos Andes são consideradas um ecossistema ímpar por causa da sua biodiversidade, mas estão sendo desmatadas por causa da atividade agrícola, da urbanização e do narcotráfico.
A equipe científica estimou que 42 por cento do habitat histórico do olinguito já tenha sido convertido para o uso humano, mas Helgen salientou que a nova espécie não está gravemente ameaçada.
Embora o olinguito seja novo para a ciência, com o nome oficial de "Bassaricyon neblina", ele há décadas é conhecido e confundido pelos humanos. A identificação por análise genética foi feita pelo Zoologico Nacional de Washington, e a pesquisa foi publicada na quinta-feira, após revisão por pares, na revista ZooKeys.
Nativo das florestas altas e enevoadas da Colômbia e do Equador, o olinguito é o menor membro conhecido da família dos guaxinins, segundo Kristofer Helgen, cientista do Smithsonian que há dez anos reconheceu esse animal como uma espécie à parte.
O momento "eureca" não aconteceu numa floresta sul-americana, e sim no Museu de Campo de Chicago, disse Helgen em entrevista coletiva. "Abri uma gaveta (...) e disse ‘Uau!'", contou o cientista, descrevendo a primeira vez que viu um espécime do século 20, morto há muitos anos. O animal havia sido confundido com uma espécie aparentada, o olingo. "Não se parecia com nada que tivéssemos visto antes."
Helgen explicou que os dentes e o crânio desse espécime eram muito diferentes do olingo, que é maior e tem orelhas mais proeminentes que o olinguito.
Ele disse que poderia ter publicado sua descoberta numa revista científica naquela época, mas que, para ser mais minucioso, buscou ajuda de colegas para confirmar a existência da nova espécie em seu habitat.
Os olinguitos são considerados carnívoros, embora comam principalmente frutas, disse Helgen. Essas criaturas têm dentes que parecem plenamente capazes de mastigar carne, acrescentou.
O pelo, espesso e sedoso, é mais brilhante que do olingo. Os olinguitos têm cerca de 75 centímetros de comprimento e pesam cerca de 900 gramas. Machos e fêmeas têm aproximadamente o mesmo tamanho, e as fêmeas criam um filhote por vez, segundo os cientistas.
Os olinguitos são difíceis de serem vistos nas florestas enevoadas do norte dos Andes, a altitudes de 1.500 a 2.800 metros sobre o nível do mar. São principalmente noturnos e passam a maior parte do tempo nas copas florestais, saltando de árvore em árvore.
Helgen disse que sua equipe observou atentamente os hábitos e o ambiente do animal. As florestas enevoadas dos Andes são consideradas um ecossistema ímpar por causa da sua biodiversidade, mas estão sendo desmatadas por causa da atividade agrícola, da urbanização e do narcotráfico.
A equipe científica estimou que 42 por cento do habitat histórico do olinguito já tenha sido convertido para o uso humano, mas Helgen salientou que a nova espécie não está gravemente ameaçada.
Embora o olinguito seja novo para a ciência, com o nome oficial de "Bassaricyon neblina", ele há décadas é conhecido e confundido pelos humanos. A identificação por análise genética foi feita pelo Zoologico Nacional de Washington, e a pesquisa foi publicada na quinta-feira, após revisão por pares, na revista ZooKeys.
Nenhum comentário:
Postar um comentário