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sábado, 13 de junho de 2015

Prefeito de Itanhandu, MG, faz faxina na rodoviária da cidade para economizar horas extras de funcionários

Uma atitude inusitada do prefeito de Itanhandu (MG) tem causado polêmica nas redes sociais. O chefe do Executivo resolveu pegar na vassoura e varrer a rodoviária da cidade. O prefeito alega que fez o trabalho porque a administração está em contenção de gastos e não pode mais pagar hora extra aos funcionários. Um morador que passava pela rodoviária registrou a cena em um vídeo. Nele, o prefeito Joaquim Arnoldo Evangelista Silva aparece de chapéu e bem à vontade fazendo a faxina.

"Eu estava tomando um café e a moça da lanchonete falou que o senhor que estava limpando era o prefeito da cidade", disse o DJ Vinícius Rocha, que filmou o trabalho.

Assim que o vídeo foi parar na internet, o assunto causoupolêmica. Várias opiniões foram postadas contra e a favor do prefeito, que disse que já está acostumado a fazer o serviço pesado e que resolveu encarar a faxina por corte de gastos.

Boa parte das horas extras dos 600 funcionários públicos da Prefeitura de Itanhandu foi cortada. O prefeito disse que tomou a medida porque a arrecadação do município caiu. O montante de janeiro a maio, que geralmente girava em torno de R$ 14,5 milhões, caiu para R$ 12,7 milhões neste ano. Por isso, a alternativa foi enxugar a folha de pagamento.

"A atitude que eu fiz não é crime. Eu não fiz isso para levar vantagem ou para aparecer. Todos os secretários cortaram algumas horas extras de suas secretarias", justificou o prefeito.

O prefeito varreu a rodoviária durante quatro dias, por cerca de duas horas. Para o chefe do Executivo, o corte nas horas dos 40 funcionários da limpeza urbana gerou uma economia de R$ 48 mil aos cofres da prefeitura. Isso só durante o feriado de Corpus Christi, quando os servidores foram dispensados do trabalho. Quem não gostou nada foi a funcionária que é responsável pela limpeza da rodoviária, que viu o seu trabalho ser dividido com o prefeito. Ela ganha R$ 823 por mês. Com a hora extra, o salário chegaria a R$ 1,3 mil.

"A gente tem filho para criar né. O salário é pouco, era o que complementava a renda", lamentou a auxiliar de serviços gerais, Adriana Bertolino Souza.

Os servidores de Itanhandu podem se preparar, pois o político disse que não pretende parar de dar uma "mãozinha" no trabalho.

"Se for necessário, não só varrendo, mas fazendo outro serviço que eu sei fazer", completou o prefeito.

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