A manhã desta quinta-feira (26) foi movimentada na porta do estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis. Funcionários, demitidos na quarta-feira (25), formaram filas na porta da empresa para entrega de uniformes, equipamentos de segurança e para dar baixa na carteira de trabalho.
O Sindicato dos Metalúrgicos disse que vai processar a empresa por causa de funcionários desavisados sendo barrados na catraca. “A empresa tem que pelo menos avisar com antecedência que o trabalhador ia ser demitido... Para surpresa deles foram o crachá bloqueado, não passou”, explicou o presidente do sindicato, Manoel Viera Sales.
A Brasfels chegou a distribuir, na quarta-feira, um comunicado interno se justificando. Ao dizer que terá que fazer demissões, falou das dificuldades do mercado e da falta de pagamentos da Sete Brasil — uma intermediária da Petrobras que teria contratado o estaleiro para a construção de três plataformas. Uma delas, a Urca, está praticamente pronta. Quase todas as pessoas demitidas estavam trabalhando na construção da segunda plataforma.
No comunicado a empresa não fala em quantidade. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, além dos 500 demitidos dessa vez, nos próximos dias o estaleiro deve demitir mais 1.500 funcionários. Se os números se confirmarem, a Brasfels vai ficar com 4.500 trabalhadores. O sindicato disse que vai tentar impedir mais demissões e que fará uma reunião na sede do grupo que controla o estaleiro, no Rio de Janeiro, na próxima quarta-feira (2).
Veja abaixo o comunicado da Brasfels
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