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domingo, 1 de novembro de 2015

Guardas insatisfeitos teria envenenado elefantes no Zimbábue, diz investigação


Guardas florestais insatisfeitos com os seus salários teriam sido os responsáveis pelo envenenamento em massa de elefantes do parque nacional Hwange, no Zimbábue, revelaram novas investigações divulgadas nesta sexta-feira (30/10). Anteriormente, acreditava-se que as mortes estavam sendo provocadas por caçadores ilegais que queriam o marfim nas presas dos animais.

Desde o último mês, 62 elefantes foram mortos por envenenamento com cianeto. As carcaças mais recentes, de 22 animais, foram encontradas na quarta-feira (28/10). Deste grupo, no entanto, apenas nove presas haviam sido removidas sugerindo que poderia haver outro motivo para o envenenamento dos elefantes que não estivesse relacionado ao marfim. Além disso, entre os mortos havia elefantes jovens, cujas presas ainda nem haviam crescido.

A hipótese dos guardas florestais é a mais crível para os investigadores, dado que eles se arriscam diariamente para combater caçadores ilegais armados por salários muito baixos, informou The Telegraph.

O salário médio mensal de um guarda é de £280 (aproximadamente R$ 1.680), e o preço de 10kg de marfim, normalmente produzido por apenas um elefante, é de £1.900 (cerca de R$ 11.400).

Os parques nacionais do Zimbábue não são financiados pelo governo, contando apenas com a renda proveniente do turismo e da caça autorizada. Esta renda, porém, sofreu uma forte queda com uma lei de 2014 dos EUA que proíbe a importação de elefantes “troféus de caça”.

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