Guardas florestais insatisfeitos com os seus salários teriam sido os responsáveis pelo envenenamento em massa de elefantes do parque nacional Hwange, no Zimbábue, revelaram novas investigações divulgadas nesta sexta-feira (30/10). Anteriormente, acreditava-se que as mortes estavam sendo provocadas por caçadores ilegais que queriam o marfim nas presas dos animais.
Desde o último mês, 62 elefantes foram mortos por envenenamento com cianeto. As carcaças mais recentes, de 22 animais, foram encontradas na quarta-feira (28/10). Deste grupo, no entanto, apenas nove presas haviam sido removidas sugerindo que poderia haver outro motivo para o envenenamento dos elefantes que não estivesse relacionado ao marfim. Além disso, entre os mortos havia elefantes jovens, cujas presas ainda nem haviam crescido.
A hipótese dos guardas florestais é a mais crível para os investigadores, dado que eles se arriscam diariamente para combater caçadores ilegais armados por salários muito baixos, informou The Telegraph.
O salário médio mensal de um guarda é de £280 (aproximadamente R$ 1.680), e o preço de 10kg de marfim, normalmente produzido por apenas um elefante, é de £1.900 (cerca de R$ 11.400).
Os parques nacionais do Zimbábue não são financiados pelo governo, contando apenas com a renda proveniente do turismo e da caça autorizada. Esta renda, porém, sofreu uma forte queda com uma lei de 2014 dos EUA que proíbe a importação de elefantes “troféus de caça”.
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