Por Raul Monteiro
Deve-se dar o desconto à mágoa que leva o deputado federal Nelson Pelegrino (PT) a maldizer a fatia do eleitorado que deu a cadeira de prefeito a seu adversário ACM Neto (DEM) em Salvador. A voz embargada e a fisionomia de desamparo exibidas pelo petista nessa segunda-feira (29/10) eram o retrato fiel da dor que a derrota lhe provocou e merece sincero respeito. Mas Pelegrino é vítima de si próprio ou da sua incapacidade de montar um discurso substancial e articulado para a cidade nesta campanha.
Achar que a tese do alinhamento (aos governos estadual e federal) seria suficiente para guindá-lo à chefia do Thomé de Souza só demonstrou a ingenuidade ou o despreparo do candidato e de todo um partido e seus mentores. Primeiro, porque trata-se de uma concepção obsoleta e datada, construída habilmente num dado período histórico com objetivos eleitorais pelo maior adversário de todos os tempos das esquerdas baianas.
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