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quinta-feira, 7 de março de 2013

Insetos comestíveis

TODOS NÓS COMEMOS INSETOS
É verdade! Praticamente nós todos já comemos insetos pelo menos uma vez na vida. E provavelmente a maioria de nós continuamos a comer insetos até hoje. Não acredita?
Você come biscoito? Toma iogurte e sorvete? Toma leite sabor morango? Então já comeu inseto! Biscoitos e sorvetes costumam conter corantes. Esses corantes são rotulados nas embalagens dos produtos com os nomes de "Vermelho 4", "Vermelho 3", "Carmim", "Cochineal", "Corante natural carmim de Cochonilha", "Corante C.I", "Corante ou Colorizante E120" e todos esses são sinônimos de Corante de Cochonilha.

O Corante de Cochonilha é um material vermelho vivo feito dos corpos secos e esmagados de um inseto originário do México, aCochonilha ou Dactylopius coccus. A Cochonilha é uma praga que dá em plantas e tem preferência pelo cacto Opuntia coccinellifera e formam uma espécie de farinha nas folhas contaminadas. São besouros diminutos (2 a 5 milímetros de comprimento) que formam colônias nas folhas, raízes e frutos das plantas, sugando a seiva, inoculando toxinas e provocando manchas, definhamento e morte da planta.
A Cochonilha hoje é criada em todo o mundo, inclusive no Brasil, para a produção de corantes. Bilhões desses insetos são criados e esmagados para fazer corante vermelho para colocar em sobremesas, bebidas, roupas, chás, etc. Setenta mil insetos são esmagados e fervidos para fazer meio quilo de corante aproximadamente. E ao mesmo tempo as cochonilhas são combatidas nas plantações comerciais pois são pragas, especialmente das frutas cítricas.
O carmim ou ácido carmínico é um corante vermelho extraído de fêmeas de cochonilhas dessecadas. A tendência mundial é, cada vez mais, reduzir o uso de corantes artificiais devido aos possíveis prejuízos para a saúde. Em contra partida, as indústrias de corantes naturais têm investido em estudos e pesquisas para melhorar as possíbilidades de aplicações dos corantes naturais. No contexto dos corantes naturais, o ácido carmínico é um dos mais consumidos no mundo por sua versatilidade e resistência à oxidação.
O corante de cochonilha é muito utilizado na indústria de iogurtes, bebidas lácteas, recheios de biscoitos, gelatinas, sucos em pó, sobremesas diversas, produtos cárneos e embutidos.
No Brasil, o corante natural carmim é de uso tolerado em alimentos e bebidas. A maioria das evidências científicas a respeito das atividades biológicas desses pigmentos naturais foi verificada in vitro, porém mais estudos precisam confirmar os efeitos fisiológicos e farmacológicos dos corantes naturais no organismo humano.

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