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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Preso casal acusado de matar o próprio filho


Allan Costa Pinto

Gilmar alegou que Vanessa tem problemas mentais.

Está preso o casal acusado de torturar e matar o filho, de 1 ano e 9 meses, em Campo Largo. Gilmar Franco da Silva, 22 anos, e Vanessa Karvat Cavalheiro da Silva, 25, foram detidos na tarde de ontem, no centro do município, quando procuravam por um advogado.

A mulher confessou que batia no bebê, mas negou que o tenha matado, embora o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirme que a causa da morte foram agressões.

Conforme foi apurado pela polícia, o crime aconteceu no final da manhã de quinta-feira, quando Vanessa tentava alimentar seu filho Gustavo. A mãe costumava se irritar com o filho quando ele não lhe obedecia.

“Eu perdia a paciência e dava uns tapas nele”, admitiu, com bastante frieza. Porém, desta vez, a violência foi maior. “A criança sofreu traumatismos na barriga, teve órgãos internos lesionados e afundamento na cabeça”, declarou o delegado Haroldo Davison, titular de Araucária, mas que está cobrindo férias na delegacia de Campo Largo.

                                                          Engasgado
Gilmar não estava em casa na hora do crime, mas recebeu ligação da esposa, nervosa, dizendo que o bebê estava se engasgando com a comida. Ele diz que, quando chegou, Gustavo já estava morto.
“Porém, as informações são que a criança estava agonizando e ele não teve atitude de pai para buscar socorro. Os dois se acovardaram e fugiram”, explicou o delegado.

O casal avisou alguns parentes, que acionaram a polícia. O bebê foi encontrado morto, na tarde de sexta-feira. Desde então, os investigadores Juscelino, Gogola e Fernando iniciaram as buscas pelos pais. Gilmar e Vanessa responderão por homicídio, tortura, maus-tratos e omissão de socorro.

Falta de paciência resolvida no tapa

De acordo com a polícia, as agressões contra a criança eram constantes, principalmente por parte da mãe. Vanessa, que está grávida e tem outra criança, de 3 anos, admitiu que tinha dificuldade em se comunicar com o bebê e que perdia a paciência quando ele não obedecia.

A mulher se disse arrependida das agressões. “Não matei o menino, ele morreu afogado com a comida”, alegou. No entanto, a certidão de óbito, emitida pelo IML, confirma que as causas da morte são “traumatismo no abdômen, ação contundente e agressão física”. Sobre o afundamento na cabeça do menino, Vanessa disse que não sabe como aconteceu.

                                                            Pai
Gilmar confessou que sabia das agressões, mas afirmou que eram esporádicas, e alegou que a mulher sofre de problemas mentais. O pai negou que batesse no bebê, mas, para a polícia, ele também é culpado do crime, porque não fez nada para impedi-lo.
“Deveria ter procurado uma psicóloga para ela”, admitiu Gilmar.O delegado contou que também vai investigar se o colégio ou o Conselho Tutelar sabiam das agressões e por que nada foi feito.
Fonte:parana-online.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

A escola e o conselho tutelar sabiam,conversem com a auxiliar da sala e não com a professora,pois ja houve omissão por parte da diretora.Essa criança já vinha sendo torturada há alguns meses e o conselho tutelar esteve na creche duas vezes e nenhuma providencia foi tomada,tendo assim total descredito para com a população,puro e total descaso;pessoas pagas com nosso dinheiro e agora estão dizendo que não sabiam.