Foto Divulgação
Angra dos Reis
Angra dos Reis será palco, na próxima semana, de um protesto contra as usinas nucleares. No dia 11 de março, protestos em todo o mundo marcarão o aniversário de um ano do acidente nuclear na usina de Fukushima, no Japão, que expôs mais de 300 pessoas a um alto grau de radiação.
Para relembrar a data e protestar contra as atuais usinas existentes na cidade, Angra 1 e 2, uma "corrente humana" com velas será feita em uma vigília durante toda a noite na porta das unidades. A ação começará a partir das 21h do sábado (10). E ao amanhecer de domingo (11), uma barca será colocada ao mar, em homenagem às vítimas de Fukushima, na Vila Histórica de Mambucaba, a uma distância de 5 km das usinas nucleares.
- Não adianta explicarem que as usinas do Japão são diferentes das nossas, porque não são tanto. A força da natureza é incontrolável, e não há Plano de Emergência que esteja pronto para isso, porque ninguém sabe o que realmente pode acontecer em um caso extremo de acidente nuclear - disse a integrante da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica(Sapê), Nádia Valverde.
Desde o acidente no Japão, muitos protestos vêm sendo realizados em todo o Brasil, principalmente em Angra dos Reis. Em junho, durante a "Rio+20'', a questão da energia nuclear estará novamente em pauta. A 150 quilômetros de distância de Angra 1 e Angra 2 e do terreno onde está sendo feita a terraplanagem de Angra 3, o Programa Nuclear Brasileiro também será alvo de manifestações dos movimentos sociais.
O governo da Alemanha está oferecendo a garantia financeira para os investimentos em Angra 3, que está sendo construída com tecnologia daquele país. A garantia financeira é uma peça decisiva para a consolidação da obra. Depois do acidente de Fukushima, no entanto, o governo alemão decidiu desativar 8 das 17 usinas nucleares em funcionamento no país; o restante será paralisado até 2022.
Diário do Vale
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