"Amansa sogra", "consola corno", "pinga", "marvada". São muitos os apelidos criados pela criatividade popular para a cachaça, bebida de grande importância cultural e econômica para o Brasil e que acaba de conseguir uma importante conquista: ser chamada pelo seu próprio nome nos Estados Unidos e ser reconhecida pelo País como um produto genuinamente brasileiro.
Nesta segunda-feira, o titular do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (Mdic), Fernando Pimentel, e o representante de comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk, assinaram um pacto por meio do qual a cachaça brasileira e o bourbon norte-americano serão mutuamente reconhecidos como "produtos distintos".
O pacto referente às aguardentes características dos dois países faz parte de uma série de acordos assinados por ocasião da visita da presidente Dilma Rousseff à Casa Branca para reforçar as relações entre as duas maiores economias das Américas. O documento ainda precisa ser ratificado pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
Pelo acordo, somente cachaças produzidas no Brasil poderão ser comercializadas como tal nos EUA. Em contrapartida, somente os bourbons norte-americanos poderão ser assim vendidos no Brasil. O bourbon é uma aguardente de milho.
Repercussão
Por meio de nota, Ron Kirk qualificou o acordo como "um acontecimento muito positivo para nossas indústrias e um reflexo do compromisso de nossos governos com relações bilaterais de comércio mais fortes".
Para Cláudio Targino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Águas Minerais, Cervejas e Bebidas em Geral do Estado do Ceará (Sindibebidas-CE) e da Colonial Indústria de Bebidas, a medida foi positiva por se tratar de uma questão de identidade.
"Os EUA tratavam a cachaça como rum, mas essas duas bebidas, embora derivem da cana-de-açúcar, são diferentes. Então, essa foi uma conquista muito boa, pois se trata de uma questão de identidade. É como se uma pessoa passasse a ser tratada pelo seu nome verdadeiro, não pelo seu apelido. É importante o reconhecimento da cachaça como um produto genuinamente brasileiro, assim como o México possui a tequila, a Rússia a vodca etc.", afirma.
Ranking das exportações
Conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), os Estados Unidos são o segundo maior consumidor mundial da cachaça brasileira, tendo adquirido, em 2011, 10,5% dos total exportado pelo Brasil, atrás apenas da Alemanha (18,8%). Ao todo, as exportações de cachaça do Brasil somaram US$ 17,29 milhões em 2011, um valor recorde e que representa um incremento de 8,4% sobre o ano de 2010.
No Ceará, as exportações de cachaça em 2011 cresceram acima da média brasileira, atingindo US$ 1,17 milhão, o que representa uma expansão de 8,7% com relação a 2010.
Atualmente, o Ceará ocupa a quinta colocação no ranking dos 14 estados brasileiros que exportam a cachaça, respondendo por 6,8% do total exportado pelo País. Segundo o Mdic, a cachaça cearense é exportada para 16 países, tendo como principais destinos a França (26,4%), Espanha (25,0%, Estados Unidos (15,3%) e Alemanha (5,4%).
Nesta segunda-feira, o titular do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (Mdic), Fernando Pimentel, e o representante de comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk, assinaram um pacto por meio do qual a cachaça brasileira e o bourbon norte-americano serão mutuamente reconhecidos como "produtos distintos".
O pacto referente às aguardentes características dos dois países faz parte de uma série de acordos assinados por ocasião da visita da presidente Dilma Rousseff à Casa Branca para reforçar as relações entre as duas maiores economias das Américas. O documento ainda precisa ser ratificado pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
Pelo acordo, somente cachaças produzidas no Brasil poderão ser comercializadas como tal nos EUA. Em contrapartida, somente os bourbons norte-americanos poderão ser assim vendidos no Brasil. O bourbon é uma aguardente de milho.
Repercussão
Por meio de nota, Ron Kirk qualificou o acordo como "um acontecimento muito positivo para nossas indústrias e um reflexo do compromisso de nossos governos com relações bilaterais de comércio mais fortes".
Para Cláudio Targino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Águas Minerais, Cervejas e Bebidas em Geral do Estado do Ceará (Sindibebidas-CE) e da Colonial Indústria de Bebidas, a medida foi positiva por se tratar de uma questão de identidade.
"Os EUA tratavam a cachaça como rum, mas essas duas bebidas, embora derivem da cana-de-açúcar, são diferentes. Então, essa foi uma conquista muito boa, pois se trata de uma questão de identidade. É como se uma pessoa passasse a ser tratada pelo seu nome verdadeiro, não pelo seu apelido. É importante o reconhecimento da cachaça como um produto genuinamente brasileiro, assim como o México possui a tequila, a Rússia a vodca etc.", afirma.
Ranking das exportações
Conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), os Estados Unidos são o segundo maior consumidor mundial da cachaça brasileira, tendo adquirido, em 2011, 10,5% dos total exportado pelo Brasil, atrás apenas da Alemanha (18,8%). Ao todo, as exportações de cachaça do Brasil somaram US$ 17,29 milhões em 2011, um valor recorde e que representa um incremento de 8,4% sobre o ano de 2010.
No Ceará, as exportações de cachaça em 2011 cresceram acima da média brasileira, atingindo US$ 1,17 milhão, o que representa uma expansão de 8,7% com relação a 2010.
Atualmente, o Ceará ocupa a quinta colocação no ranking dos 14 estados brasileiros que exportam a cachaça, respondendo por 6,8% do total exportado pelo País. Segundo o Mdic, a cachaça cearense é exportada para 16 países, tendo como principais destinos a França (26,4%), Espanha (25,0%, Estados Unidos (15,3%) e Alemanha (5,4%).
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