(foto da Biografia do artista)O corpo do tenor está a ser velado na Igreja de N.ª Sr.ª da Luz, em Lisboa, onde hoje será rezada missa de corpo presente às 16:00, seguindo-se o funeral para o cemitério do Alto de S. João, onde se realizará a cerimónia de cremação.
Natural do Alvito, Domingos Filomeno Marques estudou canto em Beja com Maria Antónia Ralhares. Em 1942, com 18 anos, presta provas na então Emissora Nacional, onde se estreou.
Nos palcos protagonizou as operetas "A Invasão" (1945), "A Bonequinha do Porto" e "O Colete Encarnado" (1946), "Os Vareiros" (1947) e "Os Liberais" (1951).
O maestro Fernando Carvalho convidou-o para atuar no teatro de revista, tendo integrado os cartazes de "Cantigas da Rua" (1943), "Alto Lá com o Charuto" (1945), "Os Magalas" (1947), "Ai, Bate, Bate" (1948) e "A Rosinha dos Limões" (1951).
No palco lírico do S. Carlos, em Lisboa, participou em várias óperas de Ruy Coelho.
O realizador Armando Miranda convidou-o para protagonizar a película "O Cantor e a Bailarina", e também deste realizador participou em "Capas Negras", cujo elenco integrava, entre outros, Amália Rodrigues, Alberto Ribeiro e Artur Agostinho.
O cantor integrou ainda a banda sonora do filme "Passarinho da Ribeira" (1960), de Augusto Fraga, com uma canção dedicada ao Porto.
Nos finais da década de 1940, foi durante quatro anos primeira figura do cabaret Maxime, em Lisboa, partindo no começo da década de 1950 para Angola, onde integrou uma companhia de teatro, dirigida por Luís Mendes.
Regressou a Portugal em 1975, estabelecendo-se no Algarve mas não voltando às lides artísticas.
"Adeus Coimbra" e "Rio de Janeiro", entre outras, foram algumas das suas canções de maior sucesso.
Diário Digital com Lusa
DOMINGOS MARQUES "RIO DE JANEIRO"
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