Evento realizado no Estádio Municipal contou com a participação de 150 atletas
A magia do esporte tomou conta da manhã desta quinta-feira, 14, para os cerca de 150 alunos das escolas e instituições que desenvolvem trabalhos com pessoas especiais, que tenham alguma deficiência, seja ela intelectual, física, visual ou auditiva. Pelo segundo ano consecutivo, eles estavam participando dos Jogos Estudantis Especiais, competindo em modalidades esportivas adaptadas, no Estádio Municipal, promovido pela Prefeitura de Angra, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer.
Na abertura do evento, o prefeito em exercício de Angra, Essiomar Gomes, destacou o importante papel da sociedade em estar cada vez mais dando oportunidades iguais aos seus cidadãos e valorizando suas aptidões, estimulando a consciência plena das pessoas no combate ao preconceito, levantando a bandeira de que todos são iguais e merecem as mesmas chances. O secretário de Esporte e Lazer, Fabiano Delgado, parabenizou os atletas pela participação nos jogos e desejou-lhes boa sorte, enquanto a subsecretária de Educação, Neuza Fonseca, ressaltou a importância do trabalho feito pelas instituições, que estimulam os alunos a acreditarem em seu potencial.
Um dos momentos mais marcantes da cerimônia de abertura foi o da participação dos alunos Paulo Henrique Gomes, Luís Felipe Neves e Márcio de Souza Inocêncio, representando suas instituições, respectivamente a Escola Municipal para Deficientes Visuais (CAP), o Colégio Municipal de Educação de Surdos (EMES) e a Associação Pestalozzi de Angra dos Reis, no revezamento da tocha olímpica até o acendimento da pira. A Escola Municipal Mauro Sérgio da Cunha também participou dos jogos com os seus alunos.
Os alunos Vanderlei (Pestalozzi), Leandro (CAP) e José Aparecido (CAP) hastearam as bandeiras nacional, do estado e do município durante a execução dos hinos brasileiro e de Angra. A programação do evento ainda contou com a apresentação de dança e GRD de alunos da Apae de Barra Mansa, com um show de ritmo, bailado e equilíbrio de Viviane Aparecida Brito e Paulo Ricardo Ferreira, ambos portadores de síndrome de Down, e que foram coreografados pela professora Michele. O mestre Cadena apresentou o projeto “Bastai”, o romper de seus limites, conhecido como katar na filosofia do caratê, e ao lado do aluno Paulo Henrique Gomes, com deficiência visual, arrancou aplausos dos presentes com os ensinamentos de uma luta imaginária contra vários adversários.
Os alunos-atletas participaram, ao longo da manhã, de provas no masculino e feminino de zigue-zague livre, chute ao gol, bola ao cesto e atletismo, nas modalidades de corrida de 50 e 100 metros, caminhada de 25 metros, lançamento de pelota, arremesso de peso, salto em distância com corrida e salto em distancia sem corrida. A faixa etária dos alunos competidores foi de 12 a 89 anos. Os professores Andréa Portugal e Marcelo Coutinho, responsáveis pelo trabalho junto aos alunos da Pestalozzi, no Estádio Municipal, estavam orgulhosos de seus alunos. “É muito gratificante vê-los superando barreiras, confiantes, alegres e mostrando que são capazes. A cada dia me surpreendo positivamente com eles. Estou muito feliz com a participação deles nos jogos”, disse Andréa, que não escondeu a emoção.
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