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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

GO: enfermeira que matou a cachorra yorkshire é indiciada por 2 crimes

Agressora será indiciada, mas não deve ir para a prisão após matar o cachorroMIRELLE IRENE Direto de Goiânia
A Polícia Civil de Formosa, a 282 km de Goiânia, concluiu nesta quarta-feira o inquérito sobre o caso da mulher que espancou, em novembro do ano passado, uma cachorra de 4 meses em frente à filha de 1 ano e meio. Em decorrência da surra, o animal, da raça Yorkshire, morreu. As cenas de crueldade, filmadas por um vizinho da enfermeira Camila Corrêa Alves de Moura Araújo dos Santos, 22 anos, foram reproduzidas nas redes sociais da internet em dezembro e geraram comoção.
Segundo a delegada titular do 2º DP de Formosa, Renata Machado Brandimarte, Camila foi indiciada por dois crimes. O primeiro, conforme o artigo 32 da Lei nº 9605 (dos Crimes Ambientais), é relativo aos maus-tratos contra o animal; sua pena varia de três meses a um ano de detenção, com acréscimo de um terço por causa da morte da cadela. O outro é previsto no artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente, e pune o constrangimento a criança com pena de seis meses a dois anos de reclusão.
"Os dois crimes preveem pena em regime aberto ou semiaberto, infelizmente um castigo muito brando, já que a moça não deve ficar presa", afirmou a delegada. Segundo ela, porém, a enfermeira já está sendo punida socialmente pela crueldade contra o Yorkshire. "Ela e o marido tiveram que se mudar da cidade, porque não suportaram as críticas públicas a que eram submetidos", contou.
De acordo com Renata, as conclusões gerais do inquérito já estavam esboçadas no final do ano passado, mas faltava o laudo psicológico da criança, que só ficou pronto agora. "O laudo foi inconclusivo, porque a criança é muito novinha e, segundo especialistas, só a partir dos 3 anos é possível determinar, com segurança, se ela vai desenvolver trauma futuro por causa das cenas que presenciou", disse a delegada.
No entanto, independentemente do possível trauma da menina, acrescentou a delegada, é evidente que no momento do espancamento da cadela a criança foi constrangida, e Camila por isso deve ser punida. O inquérito será encaminhado na próxima semana ao Ministério Público de Goiás, que vai decidir se acata ou não a denúncia.
Fonte:portal terra 

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