Por João Carlos Rabello
UM PRÊMIO PARA MASCOTE
A eleição de Jorge Eduardo Mascote para a presidência da Câmara Municipal é um prêmio para um político que poderia ser chamado de habilidoso, matreiro ou simplesmente politiqueiro. Ele já tinha sido o vereador mais votado das últimas eleições e agora coroa sua rápida trajetória com o cargo máximo do Legislativo.
Mascote já tinha tentado uma eleição e perdeu. Virou cargo comissionado da Prefeitura na gestão de Fernando Jordão e de lá juntou forças para se eleger no PMDB (contra a tia Conceição Rabha) ao lado de Tuca Jordão, de quem virou líder, aliado fiel até os últimos instantes, tirando o máximo de proveito político desta condição.
Quase virou vice-prefeito de Fernando Jordão e há quem diga nas suas hostes que se Fernando preferisse Mascote - ao invés do desgastado Aurélio Marques - a balança poderia ter se desiquilibrado em favor do peemedebista. Mesmo preterido, participou das passeatas de Fernando com sua equipe, rente que nem pão quente.
Mas já existia uma ponte concreta com sua tia, Conceição Rabha. Quando ela saiu vitoriosa das urnas, pareceu que Mascote sempre esteve com a petista desde criancinha. Virou seu candidato quase natural a presidência da Câmara e anunciou que será também seu mais fiel aliado, como o foi de Fernando e Tuca. Uma habilidade de cameleão incontestável.
No seu discurso de posse no Aquidabã, lembrou que a tia Conceição (fez questão de ressaltar o parentesco) e o deputado Luiz Sérgio salvaram a vida de seu filho numa gravidez de risco em 2011, manifestando sua eterna gratidão.
Bem, meio incoerente esse sentimento de gratidão para quem – depois desse episódio - só não foi vice de Fernando porque este não quis, como Mascote mesmo confessou na eleição da presidência da Câmara.
Nada disso importa. Quem se liga na coerência dos políticos? Na posse tudo era festa. Nenhum discurso, por mais estapafúrdio que fosse, seria contestado. E no teatro da política, costuma-se usar o faz de conta e não passar recibo.
João Carlos Rabello, jornalista
Jorge Eduardo Mascote, presidente da Câmara Legislativa de Angra dos Reis
UM PRÊMIO PARA MASCOTE
A eleição de Jorge Eduardo Mascote para a presidência da Câmara Municipal é um prêmio para um político que poderia ser chamado de habilidoso, matreiro ou simplesmente politiqueiro. Ele já tinha sido o vereador mais votado das últimas eleições e agora coroa sua rápida trajetória com o cargo máximo do Legislativo.
Mascote já tinha tentado uma eleição e perdeu. Virou cargo comissionado da Prefeitura na gestão de Fernando Jordão e de lá juntou forças para se eleger no PMDB (contra a tia Conceição Rabha) ao lado de Tuca Jordão, de quem virou líder, aliado fiel até os últimos instantes, tirando o máximo de proveito político desta condição.
Quase virou vice-prefeito de Fernando Jordão e há quem diga nas suas hostes que se Fernando preferisse Mascote - ao invés do desgastado Aurélio Marques - a balança poderia ter se desiquilibrado em favor do peemedebista. Mesmo preterido, participou das passeatas de Fernando com sua equipe, rente que nem pão quente.
Mas já existia uma ponte concreta com sua tia, Conceição Rabha. Quando ela saiu vitoriosa das urnas, pareceu que Mascote sempre esteve com a petista desde criancinha. Virou seu candidato quase natural a presidência da Câmara e anunciou que será também seu mais fiel aliado, como o foi de Fernando e Tuca. Uma habilidade de cameleão incontestável.
No seu discurso de posse no Aquidabã, lembrou que a tia Conceição (fez questão de ressaltar o parentesco) e o deputado Luiz Sérgio salvaram a vida de seu filho numa gravidez de risco em 2011, manifestando sua eterna gratidão.
Bem, meio incoerente esse sentimento de gratidão para quem – depois desse episódio - só não foi vice de Fernando porque este não quis, como Mascote mesmo confessou na eleição da presidência da Câmara.
Nada disso importa. Quem se liga na coerência dos políticos? Na posse tudo era festa. Nenhum discurso, por mais estapafúrdio que fosse, seria contestado. E no teatro da política, costuma-se usar o faz de conta e não passar recibo.
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