A casa de Cotia do polêmico Clodovil Hernandez foi vendida para um empresário da cidade, que fica na Grande São Paulo, por R$ 500 mil. Amigos que frequentavam a casa lembram com saudades das festas feitas no imóvel e dizem que a venda representa o fim de uma era. Uma das amigas é a socialite Bete Szafir, que além de cliente, era grande amiga dele.
- As pessoas caprichavam muito no visual para irem para lá [nas festas na casa], enfim, era muito glamouroso. É uma pena que não vai existir mais nada disso.
O jornalista Ovádia Saadia também lembra de Clodovil e das festas com carinho.
- A casa do Clodovil era o perfil dele, resumia a sua pessoa sofisticada, com riqueza, com hábitos muito finos. Tudo era muito bonito, tudo era sempre reposto, as flores eram sempre repostas. Diariamente um batalhão de pessoas trabalhando lá.
Clodovil enriqueceu como estilista e apresentador de TV, mas morreu sem parentes ou herdeiros. O dinheiro e os bens foram parar nas mãos da Justiça.
Na época em que era apresentador de televisão, Clodovil morou na casa. Ela fica dentro de um condomínio de luxo, rodeado de árvores e tem mais de 1.300 m². A suíte de Clodovil tem mais de 30 m². O artista morou com a mãe na casa durante muitos anos, mas em 2005 ficou desempregado e teve que parar a reforma no meio.
Na época, teve início os problemas financeiros de Clodovil. Ele parou de pagar as contas e as dívidas chegaram a quase R$ 100 mil, só em impostos, despesas com água, luz e funcionários. Fora isso, o polêmico artista deixou custos de processos que perdeu na Justiça.
Maria Hebe de Queiroz foi advogada de Clodovil e hoje é inventariante do espólio dele. Isso significa que ela foi nomeada pela Justiça para administrar tudo que ele deixou e pagar as dívidas. Foi dela a decisão de vender os objetos pessoas de Clodovil e organizar o leilão que aconteceu há duas semanas atrás.
A 250 km de São Paulo, outra casa de Clodovil também está ameaçada. A mansão fica em Ubatuba, dentro do parque estadual da Serra do Mar, e já foi avaliada em R$ 1,5 milhão.
O imóvel tem sete suítes, salas, cozinha aberta para a mata. As paredes são feitas apenas de telas e o teto é feito de fibra para permitir a entrada da luz do sol.
A mansão provavelmente terá uma parte demolida porque foi construída em área de preservação ambiental. A Justiça já determinou a demolição e a prefeitura de Ubatuba tem até o dia 9 de maio para cumprir a ordem.
Foi nessa casa que Ubatuba morou nos últimos anos de vida. O espaço foi todo projetado por Clodovil e hoje está sob cuidados de Mauricio Petiz, que foi amigo e assessor de Clodovil por mais de 20 anos.
Clodovil foi ainda uma das primeiras pessoas a construir um um quarto do pânico dentro de casa. Segundo Petiz, ele não tinha mado que roubassem as coisas dele, mas tinha muito medo que o machucassem.
Ao contrário da casa de Cotia, a de Ubatuba está do modo que Clodovil deixou, tudo muito elegante e arrumado.
Do R7, com Domingo Espetacular
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