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quarta-feira, 25 de abril de 2012

MX, empresa de Eike Batista, beija a lona e duelo entre Anderson e Sonnen é transferido para os EUA


Anderson Silva e Sonnen, no anúncio do UFC 148 para Las Vegas

A empolgação do megarico Eike Batista foi à lona, nesta terça-feira, enquanto o assunto era briga de valentes. O presidente do UFC, Dana White, tirou do páreo a empresa IMX – formada com o objetivo, entre outros, de promover o UFC 148 no Rio de Janeiro – ao assinar, nesta tarde, o contrato para a realização da disputa pelo cinturão da categoria Peso Médio, ostentado por AndersonSpider Silva, em Las Vegas (EUA).

Na apresentação das estrelas do espetáculo de pancadaria generalizada, o atleta brasileiro não escondeu a decepção, mas afirmou que não tem a menor importância qual seja o local onde irá ao tatame contra o arquirrival norte-americano Chael Sonnen:

– Sou brasileiro e grato a tudo que meus fãs brasileiros proporcionaram para mim. Não estou feliz de a luta não ser realizada aqui no Brasil, mas eu sou um atleta do UFC. Independente de onde seja, vou representar o Brasil e fazer meu trabalho. Não vai mudar muita coisa. Por conta de uma aliança que o UFC fez com uma companhia que não foi profissional o suficiente para entender o tamanho do UFC, naõ foi possível realizar essa luta no Brasil – disse o campeão.

Quanto à edição do UFC 147, previsto para junho, Dana afirmou aos jornalistas, durante a entrevista coletiva em um hotel da Zona Oeste do Rio, que não sabe ainda qual será a cidade-sede do espetáculo. Nada foi decidido quanto a isso até agora. Segundo fontes ligadas à competição de nível mundial da Mixed Martial Arts (MMA), a IMX jogou a toalha ao comunicar à direção do UFC suas dificuldades para realizar os eventos no Brasil.

A principal dificuldade seria o número de hotéis no Rio de Janeiro. A cidade estará lotada em junho com a realização de uma série de eventos de grande porte, entre eles a Conferência Rio +20, da Organização das Nações Unidas (ONU). Sem hotéis, o UFC não conseguiria acomodar seu staff e, principalmente, os turistas que viriam à cidade para acompanhar as lutas.

Com isso, embora ainda haja a possibilidade de realização do UFC 147 no Brasil, em outra capital, o ponto alto da competição, que seria a revanche da luta entre Silva e Sonnen, foi transferido para Las Vegas, no meio-oeste dos EUA. Os problemas se acumulam, na realidade, desde o ano passado. Inicialmente, o confronto ocorreria em São Paulo, no Estádio do Morumbi. Assessores da IMX chegaram a declarar que na capital paulista ocorreria o maior evento na história da modalidade. O anúncio, porém, chegou antes da assinatura do contrato.

Depois, o Estádio do Pacaembu passou a ser apontado local provável para a realização da disputa, já sem maiores alardes e deixando de lado a história de se promover, no Brasil, um novo recorde de público. Por último, aventaram a hipótese de levar a briga para o Engenhão, o Estádio do Botafogo, na Zona Norte do Rio, mas o negócio também fez água.

Na coletiva desta tarde, Dana White desconversou quando o assunto ia derivar para a falta de estrutura no planejamento e execução do principal evento do UFC.

– Muitas coisas impediram a luta no Rio e em São Paulo. Como é um dos maiores eventos esportivos do ano, e já que não conseguimos o estádio de futebol, nada mais natural que levar para Las Vegas, que era a melhor opção – tangenciou o presidente do UFC.

Com o esvaziamento do octógono, na transferência do duelo da Cidade Maravilhosa para a cidade-cassino, e o atraso na confirmação do evento, os patrocinadores também se mostraram arredios. O alto preço cobrado pelo ingresso em camarote (cerca de R$ 8 mil por pessoa) foi a última gota d’água para a transferência do confronto, segundo aquelas fontes.
Correio do Brasil

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