A agência de avaliação de risco Standard & Poor's ameaçou na noite desta segunda-feira (5) rebaixar a nota de 15 dos 17 países da zona do euro, refletindo o agravamento da crise da dívida.
A S&P colocou as notas dos países da zona do euro, inclusive as "locomotivas" Alemanha e França, em situação de "revisão para possível rebaixamento," algo inédito, o que prenuncia uma possível redução dentro de três meses.
Inicialmente, a informação era de que todos os 17 países que integram a zona do euro teriam as notas revisadas. Mas ela acabou poupando dois dos países -Chipre (que já estava em "observação negativa") e Grécia (que já tem nota CC, ou seja, possibilidade iminente de moratória).
Em nota, a agência disse que agiu assim por causa de uma "crença de que os estresses sistêmicos na zona do euro cresceram nas últimas semanas, a ponto de agora colocarem uma pressão negativa sobre a posição de crédito da zona do euro como um todo."
A agência disse que pretende concluir "assim que possível" a sua revisão, depois da cúpula europeia desta semana.
A notícia sobre a "observação negativa" em 15 países da zona do euro vazou na imprensa durante a tarde, levando as Bolsas dos EUA a desacelerarem sua alta, e o euro a perder a valorização que havia registrado durante o dia.
Duas outras importantes agências de classificação de crédito, Moody's e Fitch, já disseram que poderão em breve rever a nota de crédito dos principais países da zona do euro, os quais no entanto mantêm, ao menos por enquanto, a perspectiva estável.
A nota sinaliza se um país é seguro para investir. A zona do euro está em crise porque as dívidas de países como Grécia, Itália, Espanha e Portugal, estão muito altas, e há dúvidas se eles conseguem pagar.
A informação é da agência de notícias Reuters, citando autoridades da União Europeia. Segundo a Reuters, essas fontes confirmaram reportagens segundo as quais a S&P estava preparando a mudança dos países da região -incluindo os que possuem nota "AAA", como Alemanha e França- em revisão para possível rebaixamento, o que normalmente significa chances de queda em três meses.
A ameaça de redução da nota acontece mesmo depois de países europeus se movimentarem para tentar controlar a crise.
No final de semana, o governo italiano aprovou aumento de impostos, reformas previdenciárias e incentivos para estimular o crescimento, inaugurando uma semana crucial na Europa, com uma reunião de líderes locais na quinta e sexta-feiras, em Bruxelas, e que deve acertar um plano mais amplo de resgate.
Além disso, os líderes de França e Alemanha concordaram com a necessidade de reformas para impor disciplina orçamentária na zona do euro, afirmando que o tratado da União Europeia precisa sofrer modificações enquanto o grupo busca uma solução rápida para a crise da dívida.
Saiba o que são as notas e como funcionam as agências
O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.
Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.
Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.
(Com informações da Reuters)
A S&P colocou as notas dos países da zona do euro, inclusive as "locomotivas" Alemanha e França, em situação de "revisão para possível rebaixamento," algo inédito, o que prenuncia uma possível redução dentro de três meses.
Inicialmente, a informação era de que todos os 17 países que integram a zona do euro teriam as notas revisadas. Mas ela acabou poupando dois dos países -Chipre (que já estava em "observação negativa") e Grécia (que já tem nota CC, ou seja, possibilidade iminente de moratória).
Em nota, a agência disse que agiu assim por causa de uma "crença de que os estresses sistêmicos na zona do euro cresceram nas últimas semanas, a ponto de agora colocarem uma pressão negativa sobre a posição de crédito da zona do euro como um todo."
A agência disse que pretende concluir "assim que possível" a sua revisão, depois da cúpula europeia desta semana.
A notícia sobre a "observação negativa" em 15 países da zona do euro vazou na imprensa durante a tarde, levando as Bolsas dos EUA a desacelerarem sua alta, e o euro a perder a valorização que havia registrado durante o dia.
Duas outras importantes agências de classificação de crédito, Moody's e Fitch, já disseram que poderão em breve rever a nota de crédito dos principais países da zona do euro, os quais no entanto mantêm, ao menos por enquanto, a perspectiva estável.
A nota sinaliza se um país é seguro para investir. A zona do euro está em crise porque as dívidas de países como Grécia, Itália, Espanha e Portugal, estão muito altas, e há dúvidas se eles conseguem pagar.
A informação é da agência de notícias Reuters, citando autoridades da União Europeia. Segundo a Reuters, essas fontes confirmaram reportagens segundo as quais a S&P estava preparando a mudança dos países da região -incluindo os que possuem nota "AAA", como Alemanha e França- em revisão para possível rebaixamento, o que normalmente significa chances de queda em três meses.
A ameaça de redução da nota acontece mesmo depois de países europeus se movimentarem para tentar controlar a crise.
No final de semana, o governo italiano aprovou aumento de impostos, reformas previdenciárias e incentivos para estimular o crescimento, inaugurando uma semana crucial na Europa, com uma reunião de líderes locais na quinta e sexta-feiras, em Bruxelas, e que deve acertar um plano mais amplo de resgate.
Além disso, os líderes de França e Alemanha concordaram com a necessidade de reformas para impor disciplina orçamentária na zona do euro, afirmando que o tratado da União Europeia precisa sofrer modificações enquanto o grupo busca uma solução rápida para a crise da dívida.
Saiba o que são as notas e como funcionam as agências
O rating, ou classificação de risco, refere-se ao mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um país, um título ou uma operação financeira.
Ele busca mensurar a probabilidade de calote de obrigações financeiras, ou seja, o não-pagamento, incluindo-se atrasos e ou falta efetiva do pagamento. O rating é um instrumento relevante para o mercado, uma vez que fornece aos potenciais credores uma opinião supostamente independente a respeito do risco de crédito do objeto analisado.
As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.
Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.
(Com informações da Reuters)
Fonte: Notícias uol
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