Foi com muito esforço e pressão da categoria que a negociação salarial desse ano se encerrou com chave de ouro. A mobilização dos servidores tomou conta da Praça Nilo Peçanha na tarde dessa terça, 3, e esquentou o clima para a decisiva sessão do legislativo, que definiria o novo reajuste dos trabalhadores da prefeitura. A Câmara ficou pequena para o tamanho da luta. Os servidores falaram grosso, o legislativo sentiu a pressão, o executivo voltou atrás na sua proposta e categoria conseguiu um aumento de 9% e um vale-alimentação de 10 reais.
Foi um dia tenso. Durante as horas que precederam a mais importante sessão do ano para os servidores, os vereadores demonstravam certa apreensão com a decisão que estavam por tomar. Um dia antes, a categoria havia rejeitado a nova contraproposta do governo, de 8.83%. Como essa era era a última oportunidade para votação da matéria, já que se esgotaria o prazo de seis meses antes da eleição para se garantir aumento, como determina a lei, o legislativo ficou numa saia justa. Se votasse a favor da mensagem que o governo mandou, de 8.83%, mesmo com a negativa dos servidores, iria aprovar um aumento rejeitado pela categoria.
Por outro lado, se não aprovasse esse aumento, não haveria mais tempo hábil para a prorrogação da negociação e, a partir da semana que vem, a prefeitura somente poderia cobrir a inflação dos últimos 12 meses, que ficou em 5.47%. Essa por sinal era a proposta que havia sido apresentada pela prefeitura durante quase toda a negociação, que se estendeu por todo o mês de Março. O SINSPMAR promoveu uma série de protestos das mais diferentes formas, elaborando notas de esclarecimentos à população e veiculando notas de repúdio na mídia.
A greve repercutiu
Quando a entidade viu que o panorama não se modificava, intensificou as cobranças e mobilizou a categoria para consolidar uma nova etapa no processo de negociação. Na terceira Assembleia, foi decretado estado de greve e solicitada uma reunião com o prefeito, já que ,até então, o acordo havia sendo travado com a Secretaria de Administração. Como esse encontro não aconteceu até o fim da semana, a quarta Assembleia, realizada na quinta, 29, aprovou a greve, que se iniciou na segunda, 2 . Neste dia, os servidores, de camisa preta em luto, compareceram aos seus locais de trabalho, mas se negaram e exercer suas funcões. À tarde, a tão esperada reunião com o prefeito aconteceu e uma nova contraproposta foi apresentada ao SINSPMAR e à Comissão dos Servidores presente.
Diante da justificativa da perda de 50 milhões de arrecadação pela redução do valor de ICMS da Petrobrás, o executivo revelou que não poderia dar mais do que 8.83% e que não garantiria um aumento no vale-alimentação, que até então era de 8 reais. Segundo o prefeito, isso poderia acarretar um impacto tão grande nas contas que a partir de Setembro não teria mais como pagar os funcionários.
Pois bem. Essa contraproposta foi levada para os servidores, que se reuniram na frente da sede da prefeitura para protestar durante o encontro. Assim que terminou a reunião, todos juntos caminharam para o Clube Vera Cruz, onde, em Assembleia, definiram de uma vez por todas os rumos da negociação. Os valores foram apresentados e a categoria rejeitou por unanimidade esse aumento. Ficou decidido que o protesto final seria feito em frente à Câmara, durante a hora da votação, e dentro do próprio plenário, como acabou acontecendo.
Tensão na votação
Chegada a hora decisiva, na sessão realizada no dia seguinte, 3, como era de esperar, o clima estava tenso. O presidente José Antônio abriu a palavra e os vereadores começaram seus discursos. Depois que Cordeiro e Ílson Peixoto votaram contra, Leandro Silva solcitou o adiamento da sessão e Mascote relutar para dar um posicionaemnto, incluisve tentando ligar para o prefeito, o presidente da Casa decidiu suspender a sessão. Na companhia do presidente do SINSPMAR, Daniel Neves e da Comissão dos Servidores, os vereadores cruzaram a Praça Nilo Peçanha para se encontrar com o prefeito e tentar um último acordo.
O prefeito recuou e aumentou sua proposta, arredondando o reajuste em 9% e garantindo um vale-alimentação de 10 reais para os servidores. Uma hora depois, todos voltaram para a Câmara e o presidente do legislativo, José Antônio concedeu a palavra ao presidente da SINSPMAR, para que ele anunciasse a novidade aos presentes. Quando foram apresentados os novos valores, a categoria comemorou e ,em uníssono, gritou. "Servidores Unidos jamais serão vencidos".
Em seguida, Daniel foi anunciar a novidade aos servidores que aguardavm ansiosos do lado de fora do plenário. Ele pegou o microfone e informou a boa nova, enchendo de orgulho e entusiasmo a Praça da Prefeitura. Os servidores felizes puseram fim à greve e a partir de de Abril já vão poder desfrutar de um salário mais pomposo.
Matéria e fotos do:SINSPMAR
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